Oficina da Polícia Civil recebe carros de todo o Estado. Ontem, 17 veículos estavam parados na área |
Dos 242 carros próprios
que compõem a frota da Polícia Civil do Rio Grande do Norte, 70 estão parados
nas oficinas. A maior parte - 60 veículos - está subutilizada pela falta de
pneus. Além do básico, faltam também peças como baterias, para-brisas e cabeçotes,
e algumas apresentam problemas mecânicos, como na direção hidráulica. A
Delegacia Geral da Polícia Civil reconhece um débito de R$70 mil à única
fornecedora de peças da instituição, localizada na Ribeira.
Enquanto isso, há
municípios no interior que sequer contam com viaturas, como é o caso de
Baraúnas. O único carro disponível para a comarca quebrou e repousa no pátio da
oficina da Polícia Civil. Delegacias regionais, como a de Mossoró, também
sofrem com o problema: das 33 viaturas da regional, sete estão paradas por
falta de peças. Algumas das delegacias que estão desfalcadas são a Delegacia de
Homicídios (Dehom), DP’s da Grande Natal e delegacias do setor de inteligência
da Polícia Civil.
Entre os modelos
parados estão Ford Fiestas, Sanderos, Blazes. Uma fonte ligada à oficina da
Polícia Civil, que preferiu não se identificar, informou à TRIBUNA DO NORTE que
a instituição também conta com uma dívida de R$500 mil com o consórcio de
locação, formado por nove locadoras. Além disso, ela aponta um débito total de
R$170 mil com a fornecedora de peças, também referente ao ano passado.
A Oficina da
Polícia Civil, que conta com 11 funcionários, recebe viaturas de todo o Estado.
“O problema é que não há uma manutenção periódica dos carros. Eles só chegam
aqui (na oficina) quando já estão quebrados. Hoje, a vida útil de um carro da
Polícia Civil não passa de dois anos”, analisa a fonte ouvida pela TN. A
oficina só realiza, hoje, o conserto de carros adquiridos a partir de 2007. Os
veículos comprados antes desse período – um total de 94 – estão sendo
direcionados para o ferro velho quando quebram. “É uma frota que só vem
diminuindo, mas não há reposição”, acrescenta a fonte.
Tribuna do Norte
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