A governadora Rosalba Ciarlini e o secretário Carlos
Augusto Rosado deverão se encontrar nos próximos dias com o senador José
Agripino para discutir o futuro do DEM no Estado e demover insatisfações
geradas entre eles desde o início do governo. O racha no DEM pode ser
identificado na eleição suplementar de Mossoró. O senador Agripino desautorizou
a candidatura da prefeita cassada Claudia Regina (DEM). Em contraponto, a
governadora Rosalba Ciarlini decidiu apoiar Claudia Regina, num claro
posicionamento de confronto contra Agripino em Mossoró.
Pelo presidente nacional do
DEM, os democratas mossoroenses apoiariam o palanque da deputada estadual
Larissa Rosado (PSB). No entanto, o diretório do DEM mossoroense é presidido
pelo ex-deputado Carlos Augusto Rosado, secretário chefe do Gabinete Civil do
governo do Estado e marido da governadora Rosalba Ciarlini, o que limitou o
poder de Agripino na definição do DEM mossoroense.
Se Claudia conseguir ser
registrada como candidata a prefeita de Mossoró neste domingo, quando será
realizada a convenção partidária do DEM, Carlos Augusto terá vencido Agripino e
estará impondo a candidatura de Claudia contra a vontade do líder nacional do
DEM. A grande questão no DEM seria saber, então, se o casal Rosalba e Carlos
conseguirá derrotar José Agripino também em nível de estado, impondo a
candidatura de Rosalba à reeleição.
Agripino prega prioridade à reeleição dos deputados
federal Felipe Maia e estaduais Getúlio Rego, José Adécio e Leonardo Nogueira.
Para ele, a candidatura de Rosalba à reeleição figura em segundo plano. A
intenção de José Agripino, em verdade, é apoiar a candidatura do presidente da
Câmara, Henrique Alves, a governador, e a candidatura da ex-governadora Wilma
de Faria (PSB) para o Senado. Retribui, com isso, apoio recebido de Henrique
como presidente da Câmara, e evita que Wilma, eleita senadora, dispute contra
ele o Senado em 2018, quando ele e o ministro da Previdência, Garibaldi Filho,
outro apoiador de Wilma, devem tentar a reeleição.
Já a governadora Rosalba, a
essa altura, trabalharia fortemente para tentar se candidatar à reeleição.
Trabalha, com isso, por algum futuro político – já que não restariam
alternativas para ela, ela não disputará o Senado ou a Câmara dos Deputados, e
se perder o mandato, ficará sem ao menos até 2016, quando haverá eleições
municipais. Fim melancólico para quem teve carreira meteórica – prefeita de
Mossoró três vezes, senadora da República, governadora do Estado.
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