Olho D'água do Borges/RN -

Eleição suplementar revela esfacelamento do DEM da “Rosa”

É de penúria o esvaziamento do DEM, outrora poderoso DEM, em Mossoró.

Parece paradoxal, que o partido que ficou no poder em Mossoró durante cerca de 17 anos ininterruptos, e alcançou o apogeu com o ascensão da ex-prefeita Rosalba Ciarlini (DEM) no Governo do Estado, esteja destroçado.

Não tem sequer um vereador apoiando sua chapa às eleições suplementares do município, marcadas para o próximo dia 4 de maio.
A propósito, que chapa?

A governadora e seu marido Carlos Augusto Rosado, comandantes supremos do partido no município, até agora não conseguiram fechar nomes para a disputa. Apostam na divulgação da “candidatura” da prefeita cassada e afastada Cláudia Regina (DEM) como concorrente à prefeitura, mas para fechar nome a vice não encontram quem aceite. As primeiras tentativas terminaram em verdadeiros micos públicos.

A empresária Seyssa Praxedes (PR) foi anunciada como a escolhida. Horas depois, seu próprio partido a descredenciou e ela mesma disse “não”.

Houve até tentativa de um velho recurso: sensibilizar o ex-vereador Chico da Prefeitura (DEM) para topar o sacrifício. Dessa vez, ele não caiu no “conto da Rosa”. Com a família, pegou rumo da postulação do prefeito provisório Francisco José Júnior (PSD).

O agravante é que o esfacelamento do partido não para por aí. Ainda ano passado, a ex-prefeita Fafá Rosado deixou o DEM para pousar no PMDB. Seu marido, o deputado estadual Leonardo Nogueira (DEM), ficou por questão legal, pois sua saída implicaria em perda de mandato por infidelidade partidária.

Nem o líder nacional e estadual do DEM, senador José Agripino, bota fé ou incentiva o capricho de Rosalba, Carlos e sua “comadre” Cláudia Regina. Numa hipotética campanha municipal, ninguém espere sua presença em palanque.

Poucos e raríssimos partidos querem participar da aliança com o DEM nessa empreitada, cenário diametralmente oposto ao ocorrido no pleito regular de 2012. A escolha do próprio vice do DEM merece outro capítulo à parte nesse enredo. O PMDB, que incensou Cláudia como “o melhor nome para Mossoró” em 2012, através de discurso do seu líder estadual, deputado federal Henrique Alves, está no palanque de Larissa Rosado (PSB) – sua adversária. Lá, oferece outro vice: Alex Moacir, que foi eleito vereador ao lado de Cláudia no pleito passado.

Tempos difíceis esses… 
O DEM tem uma campanha atípica pela frente e mesmo dono do poder estadual, não encontra quem o queira ao lado. Até sua candidatura a prefeito é um blefe: Cláudia está inelegível e sabe que não terá candidatura homologada.

Os próximos dias e a eleição vão mostrar se é mais conveniente a aventura de uma candidatura própria ou calçar a sandália da humildade, optando por apoio a um dos concorrentes.

Junta-se a outra banda da família, comandada pela prima e adversária, deputada federal Sandra Rosado (PSB), mãe de Larissa, ou aposta no prefeito provisório Francisco José Júnior, justamente para frear hipótese de vitória de quem sempre combateu.
Vamos aguardar.

Fonte: Carlos Santos



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