Pode até ter sido coincidência, mas parece, realmente,
que foi de propósito. Vendo que teriam que assumir a Prefeitura de Natal diante
da viagem do prefeito Carlos Eduardo Alves, do PDT, para a Espanha, a
vice-prefeita, Wilma de Faria, do PSB, e o presidente da Câmara, Albert
Dickson, do PROS, simplesmente, desapareceram. Estariam, também, em viagens
fora do Rio Grande do Norte, o que impediria até serem notificados na ação que
corre na Justiça Estadual com o objetivo de definir quem está, hoje, ocupando a
chefia do Executivo municipal.
Pelo menos, o terceiro na
ordem sucessória, o vereador e líder do prefeito na Câmara, Júlio Protásio, do
PSB, afirmou pela manhã que aceita assumir o cargo, caso seja essa a ordem da
Justiça Estadual com a impossibilidade de Carlos Eduardo, Wilma e Albert.
“Entendo que a nossa lei orgânica determina a transmissão de posse com 30 dias
de ausência. A nossa constituição obriga a transição com 15 dias. A viagem do
prefeito foi de apenas 12 dias, porém, se a nossa Justiça Estadual decidir pela
transição do cargo de prefeito, estarei a disposição caso a vice-prefeita e o
presidente não assumam”, afirmou o líder do prefeito.
Porém, é bem provável que
Júlio Protásio seja definido como “prefeito” de fato sem ter exercido o cargo
de direito. Explica-se: a definição sobre quem está no cargo pode ser dada
somente depois do retorno de Carlos Eduardo à Natal (previsto para acontecer no
próximo domingo). Isso porque, segundo o juiz da 5ª Vara da Fazenda Pública,
Luiz Alberto Dantas Filho, como se trata de um mandado de segurança, os
envolvidos têm que ser notificados pessoalmente, não podendo usar procuradores.
Como Wilma e Albert estão viajando, as notificações terão que aguardar até o
retorno deles para serem feitas.
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