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Cientista da UFRN acredita que derrota em Mossoró é preocupante para Henrique

A derrota da candidata Larissa Rosado (PSB) na eleição suplementar em Mossoró pode ter selado, de maneira negativa, o destino político do atual presidente da Câmara dos Deputados, Henrique Alves (PMDB). Pré-candidato do PMDB a governador do Rio Grande do Norte, Henrique não conseguiu que sua candidata vencesse o pleito suplementar mossoroense, mesmo contando, durante a campanha, com os apoios dos ex-governadores Wilma de Faria (PSB) e Garibaldi Filho (PMDB), em quem Henrique confia para vencer o pleito de outubro.

Francisco José Júnior (PSD), apoiado pelo vice-governador Robinson Faria (PSD) e pela deputada federal Fátima Bezerra (PT), surgiu como o “novo” na política mossoroense, destronando a oligarquia Rosado. Além de derrotar Larissa, o prefeito também venceria Claudia Regina (DEM), candidata apoiada pela governadora Rosalba Ciarlini Rosado (DEM).
“Concordaria com o professor Antonio Spinelli, dizendo que a derrota de Larissa pode ser um prenúncio extremamente preocupante para a viabilidade eleitoral da candidatura de Henrique”, afirmou o cientista político João Emanuel Evangelista, professor do Departamento de Ciências Sociais da UFRN, durante entrevista hoje ao Jornal da Cidade (FM 94).

Evangelista é o segundo cientista a confirmar o prognóstico nada animador para Henrique. No último sábado, outro cientista político, Antonio Spinelli, afirmou, em entrevista ao Jornal de Hoje, que a derrota de Larissa não seria um bom prenúncio para Henrique, nas urnas, em outubro que vem.

FATO NOVO
Na visão de Evangelista, a vitória de Francisco José Júnior é “um fato novo”, vez que se trata de “um político jovem, que ficou muito pouco tempo à frente da Prefeitura e conseguiu um feito eleitoral surpreendente no sentido de criar muito material para se pensar o futuro imediato do Rio Grande do Norte”, afirmou, acrescentando que o “sinal amarelo” na campanha de Henrique está aceso. “Mossoró é o segundo maior colégio eleitoral. Se eu estivesse com algum contato, algum canal de comunicação com o comando da campanha de Henrique, eu diria que é um sinal amarelo que realmente preocupa extremamente a condução a campanha. Até porque o deputado Henrique tem um histórico de insucesso em eleição majoritária, a despeito de ser um deputado federal muito bem votado ao longo de quase 40 anos”, avalia.

Henrique tentou duas vezes ser prefeito de Natal. Em 1988 foi derrotado por Wilma de Faria, com quem conta para se eleger governador este ano, e, em 1992, perdeu para Aldo Tinoco. Em 2002, o herdeiro do líder consagrado Aluizio Alves assumiu a Secretaria de Governo (SEGOV), durante o governo Garibaldi Filho (PMDB). O objetivo era tentar se viabilizar como sucessor do primo.

Mas um escândalo nacional o tirou desta candidatura e da candidatura de vice-presidente da República na chapa com José Serra (PSDB) – na época, uma ação litigiosa de autoria da ex-mulher do parlamentar, Mônica Azambuja, vazada à revista Isto É, apontou que o potiguar alimentava contas milionárias em paraísos fiscais. Henrique terminou optando pela reeleição.


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