A polêmica decisão do promotor de Apodi, Silvio Brito, ao
defender o consumo de carne de jumentos pelos detentos do Estado, ainda causa
muito debate. No final de abril, a Câmara Municipal de Caicó aprovou lei
proposta pelo vereador Dílson Freitas Fontes, o Leleu Fontes, onde fica
proibido, em todo o território municipal, o abate de equinos, equídeos, mulas,
jumentos e animais derivados.
Para o vereador, “não é
possível conceber essa situação com silêncio e omissão”. Segundo Leleu, “os
jumentos são vítimas de abandono e de exploração”. Sobre o promotor da comarca
de Apodi, o parlamentar disparou: “Está promovendo um verdadeiro genocídio de
jumentos. É um grande risco de extinção. Não há nenhuma garantia que os animais
conseguirão se reproduzir de forma suficiente a garantir a continuidade da
espécie”.
Ainda em relação a Silvio
Brito, Leleu classificou o representante do Ministério Público como uma espécie
de “Hitler dos jumentos”. “A diferença é que não são com os judeus”, completou
em seguida. Na justificativa utilizada para embasar o projeto aprovado na
Câmara, o vereador afirmou ainda que “nenhuma atividade dessa natureza deveria
existir, pois fazer do descarte de animais abandonados um negócio, com a
anuência dos poderes constituídos, constrange parte da sociedade”.
No início do mês de março, o
promotor Sílvio Brito ganhou destaque nacional ao articular um almoço para
autoridades e jornalistas, onde o prato principal era justamente carne de
jumento. O objetivo era justamente mostrar que o produto poderia substituir
outros alimentos no almoço dos apenados. Além disso, também contribuiria para
reduzir a quantidade de animais nas estradas, apontados como responsáveis por
muitos acidentes.
Fonte: Jornal de Hoje
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