Prevaleceu a vontade do presidente nacional e regional do
DEM, senador José Agripino: os membros do Diretório Estadual acataram o projeto
de coligação proporcional em detrimento da majoritária. Com isso, rejeitou o
projeto de reeleição da governadora Rosalba Ciarlini.
Dos 59 membros do diretório,
55 votaram. A proposta de Agripino recebeu 45 votos contra 10 votos pela
disputa majoritária.
Antes da votação, a
governadora deixou a reunião, uma vez que o seu pedido para colocação em
votação apenas na convenção do partido, finalzinho de junho, não foi aceita por
José Agripino.
A disputa no DEM, porém, não
se encerra aí. Rosalba vai continuar trabalhando em defesa do seu direito
constitucional de disputar à reeleição. Para isso, a governadora terá
que mostrar ao partido as condições legais e políticas.
O primeiro passo será formar
um arco de aliança capaz de garantir a reeleição dos deputados estaduais e do
federal Felipe Maia, filho de José Agripino. A senha foi dada pelo
presidente do DEM de Natal, Marcílio Carrilho: “Se a governadora chegar com um
arco de alianças na convenção, estamos prontos para votar nisso”, disse, para
em seguida argumentar: “Mas até hoje é só conversa, nada de arco de alianças.”
Segundo, a governadora terá
que resolver a sua situação junto a Justiça Eleitoral. Ela precisa reverter o
quadro de inelegibilidade junto ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Os
advogados de Rosalba garantem que não será difícil, porque o direito da
governador é bom.
Ao final da votação, os
democratas tentaram passar o ar de união, o que não é verdade. O partido está
em pé de guerra e assim continuará até a convenção. Até lá, Agripino lutará
para Rosalba não se viabilizar; e Rosalba irá trabalhar para viabilizar o seu
projeto de reeleição.
O senador José Agripino disse
que o partido passou por um momento tenso, mas sai do debate fortalecido. A
tranquilidade que o senador tenta passar, porém, está l;onge da realidade.
A guerra democrata continuará.
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