Muito se tem comentado sobre a reunião do DEM-RN,
realizada em Natal, RN. O partido emite opiniões para confundir a opinião
pública, alegando que a preocupação teria sido o fortalecimento da sigla. Como
fortalecer um partido, ajoelhando-se de pires na mão, diante de outro, até
então adversário?
Usa-se jogo de palavras para esconder o que realmente foi
decidido na reunião dos Democratas. Os dirigentes do DEM-RN para esconderem o
“sol com uma peneira” teimam em alegar que a decisão final será na Convenção.
Caso a competência fosse da Convenção, por que convocar a Comissão Executiva?
Não havia obrigação, nem necessidade dessa convocação, salvo para atender as
imposições de Henrique e Vilma que, ameaçaram não “proteger” o DEM, com a
aprovação da coligação proporcional e majoritária para reeleger Felipe Maia.
Por isso foi exigida antecipadamente a sinalização de que Rosalba seria
excluída do processo. Assim aconteceu!
Na verdade, a cúpula do DEM promoveu a “cassação branca”
de Rosalba Ciarlini, através de condenável manobra politica e autoritária, na
qual os votantes na Comissão Executiva, de boa-fé, não foram previamente
esclarecidos, de que o DEM coligando-se na eleição proporcional estaria
automaticamente coligado na eleição majoritária e terá que apoiar Henrique para
o governo e Vilma para o Senado, reforçando os correligionários de Dilma e Lula
no RN. Sepultou-se o palanque de oposição. Todos passaram a calçar 40.
Melancólico!
O prazo para Convenções é entre 10 e 30 de junho. O
senador José Agripino antecipou a data para 15 de junho, a fim de criar dificuldades
à governadora Rosalba Ciarlini buscar apoios dos delegados do partido. Será
muito difícil reverter essa situação na Convenção a realizar-se justamente na
data de chegada a Natal do vice-presidente americano para assistir jogo dos
Estados Unidos na Copa. Os convencionais terão dificuldades até de deslocamento
físico. A cidade estará sitiada, inclusive pelo FBI americano, com fortíssimo
esquema de segurança. A intenção da cúpula dos Democratas é justamente que
poucos delegados compareçam e, dessa forma, sem contestação, o DEM atenda a
exigência de Henrique e Vilma do partido não ter candidatos a governador e a
senador nesta eleição. Eles temem a concorrência dos Democratas.
A governadora Rosalba Ciarlini humildemente requereu ao
presidente da Comissão Executiva, senador José Agripino, que concedesse um
prazo para reverter a essa situação política e jurídica. Tudo lhe foi negado
autoritariamente.
Agora, já se diz abertamente que PMDB e PSB rejeitarão a
presença do senador José Agripino e do seu filho Felipe Maia na coligação. Não
se alegue que é por conta de suposto desgaste da governadora Rosalba Ciarlini.
Ao contrário, se a rejeição fosse culpa da Governadora, o DEM estaria agora mais
fortalecido, por ter feito o que fez com Rosalba e os filiados do DEM.
As resistências e rejeição, na verdade, são ao próprio
José Agripino e ao seu partido, agora esfacelado e desacreditado, sem inspirar
confiança àqueles com quem se oferece insistentemente para aliar-se.
Os dirigentes do DEM ao invés de prestar solidariedade
aos companheiros de partido alegaram que os pretensos candidatos a governador e
senador teriam que mostrar previamente as alianças de que disporiam para
justificar as candidaturas. No quadro atual, com o PMDB e PSB afastando os
Democratas de sua coligação, onde estaria o tão falado “arco de alianças” que
foi exigido de Rosalba e de outros pretendentes à disputa majoritária?
O
feitiço virou contra o feiticeiro! Só resta repetir Drummond: “E agora José?; “A festa
acabou;”A luz apagou;”O povo sumiu;”A noite esfriou;”E agora José?
Sabe-se que, em política, não há efeito sem causa. É só
aguardar!
Fonte: Gazeta do Oeste
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