O racha levando o DEM agripinista, para o lado do governadorável Henrique Alves (PMDB) e deixando o DEM rosalbista
sem pai nem mãe - sem candidato próprio como queria - pode causar um
derramamento de apoios democratas para o governadorável Robinson Faria (PSD)
que o agripinismo não esperava.
O fato de Robinson ser o vice-desafeto de
Rosalba foi garantia para que o grupo liderado pelo PMDB imaginasse que o
rosalbismo seria incapaz de migrar para a candidatura do PSD. O Blog já escreveu aqui e repete: hoje, o
adversário maior de Rosalba não é Robinson, é Henrique.
Até porque Henrique tem junto dele o senador
José Agripino Maia, presidente nacional do DEM, que na convenção de domingo
negou legenda a Rosalba, tornando-a carta fora do baralho nas eleições de
outubro.
Robinson se elegeu com Rosalba, rompeu com o
governo e foi embora, virou oposição declarada. Henrique não fez campanha para Rosalba, se
aproximou dela, fez parte do governo dela, mas quando decidiu ser candidato
contra ela, atuou forte para a desconstrução de sua provável reeleição.
Para o rosalbismo, a traição está exatamente
aí. Portanto, não será surpresa se o DEM
rosalbista desembarcar na campanha de Robinson. Não com a convicção de eleger o
vice-governador. Para isso, os olhos serão vendados e os
ouvidos tapados.
Mas, com a convicção de que é preciso derrotar
Henrique. Derrotar a chapa apoiada por Agripino. É a lógica da política, e só tem dúvida quem
não quer enxergar.
Fonte: Thaisa Galvão
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