A semana que se iniciou com o “golpe” do Democratas
no projeto de reeleição da governadora Rosalba Ciarlini terminou com a
ex-governadora Wilma de Faria agredindo verbalmente a chefe do Executivo
potiguar. Palavras do tipo “cara de pau” expuseram o destempero de Wilma, em
reação ao discurso de Rosalba, relebrando o quadro de desmantelo em que
encontrou o Estado do Rio Grande do Norte, que, aliás, é de conhecimento
público.
O que Rosalba disse, todos
sabem, mas não custa nada repetir: Wilma entregou o Governo com um “rombo” de
quase R$ 1 bilhão e um lastro de corrupção formado por quase uma dezena de
casos de desvio de dinheiro público.
É fato.
E se não é fato, ao invés da
agressão, Wilma deveria negar e provar que esses fatos não são verdadeiros.
Mas, não o faria, porque contra a verdade não há argumento. Ela vai negar que o filho
Lauro Maia está condenado a 16 anos de prisão (regime fechado) por ter
comandado, segundo a Justiça Federal, uma quadrilha que desviou R$ 36 milhões
da saúde pública no período do seu governo, que ficou conhecido como “Operação
Higia”?
Vai dizer que não houve no seu
governo os escândalos “Foliaduto”, “Foliatur”, “Ponte de Todos”, “Sinal
Fechado”, “Ouro Negro”, entre outros envolvendo irmãos, filhos e amigos?
É essa conta que a
ex-governadora tem que prestar com a sociedade. Aliás, na primeira
oportunidade pós-governo escandaloso, em julgamento pelo povo, ela foi condenada,
recebendo uma votação pífia ao Senado Federal em 2010, inclusive perdendo até
para os votos brancos e nulos.
Pois bem…
A impressão que passa, com o
discurso de ataque e não de defesa, é que a ex-governadora aposta na falta de
memória do cidadão-eleitor para melhor passar, vez que se prepara para nova
disputa eleitoral. Isso, porém, não significa dizer que os potiguares tenham
esquecido.
O fato é que o Rio Grande do
Norte foi devastado na gestão passada, sob o ponto de vista
ético-administrativo, e essa fase negativa tem o DNA do wilmismo impregnado em
suas entranhas.
Agredir agora é o caminho
fácil, principalmente na situação em que a governadora Rosalba se encontra, sem
ter o direito de voz dentro do seu próprio partido. Aliás, se Rosalba não for
candidata, sofrerá calada os ataques que virão, vez que não terá o tempo de
televisão para apresentar a sua defesa.
Coisas de uma política cada
vez mais suja, em que nesse ambiente sobrevive quem tiver o maior poder de se
lambuzar. É como dizia o ministro
Aluízio Alves: feijão de molho, os primeiros que sobem são os caroços podres.
Fonte: Cesar Santos
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