A produção agrícola
potiguar vai amargar mais um ano de perdas – sentidas, principalmente, no
Agreste potiguar. De acordo com o relatório Safra de Grãos, publicado pela
superintendência da Companhia de Abastecimento do Rio Grande do Norte (Conab)
nesta semana, as chuvas esparsas que foram registradas no primeiro semestre
deste ano não conseguiram recuperar plenamente a produção de grãos. A safra
está estimada em 53.386 toneladas – um incremento de 308,8% se comparada à do
ano passado, mas ainda 49,8% abaixo do registrado em 2011, último ano de boa
colheita.
“Se comparado com 2012 e
2013, que foram anos muito ruins, houve uma ligeira melhora, mas, repito, que
não foi notada em todos os municípios. Não houve recuperação da produção”,
ressalta o analista de mercado e produtos agrícolas da Conab, Luis Gonzaga
Araújo e Costa.
Este é o terceiro ano
seguido de seca que o Estado enfrenta. Somente o decreto de calamidade pública
instaurado pelo Governo do Estado, em 2012, já foi renovado quatro vezes. No
ano de 2014, a melhora foi quase ínfima: segundo boletim meteorológico da
Empresa de Pesquisa Agropecuária (Emparn), no acumulado das chuvas registrados
durante o primeiro semestre, 76 municípios potiguares ainda estão “muito
secos”, e outros 47 estão “secos”. A maior parte dos municípios estão
localizados no Agreste e Litoral potiguares – microrregiões em que o período de
chuvas se inicia em junho. Até agora, porém, nenhum indício das esperadas
precipitações.
O RN vive o que os
especialistas acusam como “seca verde”: fenômeno em que as chuvas esparsas
conseguem chegar em quantidade suficiente para permitir que a produção fique
“verde”. Entretanto, no período de maturação do fruto há ausência de chuvas, e
a consequente perda da produção.
Fonte: Tribuna do Norte
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