O jogo da sucessão estadual está com os seus times
escalados e oficializados pelas convenções partidárias. Cinco candidatos a
governador: Simone Dutra (PSTU), Araken Farias (PSL), Robério Paulino (Psol),
Henrique Alves (PMDB) e Robinson Faria (PSD).
Três na faixa de coadjuvantes,
a disputa, como todos sabem, será centralizada por Henrique x Robinson.
O primeiro, com uma leva de
quase duas dezenas de partidos, o que comprova a sua capacidade de articulação;
o segundo, com a força de quem se colocou candidato há quase quatro anos,
sobreviveu ao tempo e chega inteiro para a corrida sucessória.
Tem favorito? – pergunta o
eleitor. Não.
Entre Henrique e Robinson não
tem muita diferença, sob o ponto de vista da popularidade. Ambos, candidatos
“pesados”, sem a empatia do eleitor. Daí, pela falta de opção, o voto vai ter
que ir para um ou outro. Eles iniciam a campanha pelo voto praticamente do
marco zero.
A pesquisa Ibope, contratada e
divulgada pela FM 96 de Natal, mostra isso com muita clareza, quando pede ao
eleitor para sugerir um nome ao Governo do Estado: na espontânea, Henrique
aparece com 5% e Robinson com 2%. E 75% dos potiguares responderam que não
sabem em quem votar.
Quem entende o mínimo de uma
sondagem eleitoral, percebe na avaliação do Ibope que o Rio Grande do Norte não
quer votar em Henrique ou Robinson. Mais do que isso, não entrou no clima da
disputa eleitoral, mesmo beirando a porta da campanha.
O fato, porém, é que o eleitor
vai ter que escolher o nome, mesmo a contragosto. Daí, a missão de os
candidatos buscar o melhor caminho. O primeiro passo, com certeza, é tentar se
livrar das botas de concreto que não deixam os dois principais nomes saírem do
lugar. E como isso é possível? Aí, a incógnita.
O discurso fácil de oposição,
certamente, terá pouco ou quase nenhum valor, isso porque a governadora Rosalba
Ciarlini (DEM) não será candidata; logo, bater na sua administração, não
atrairá votos. Ademais, Rosalba já é vítima do “golpe” aplicado pelo presidente
do seu partido, senador José Agripino Maia, e o povo, historicamente, se
posiciona ao lado das vítimas.
Por isso, atacar a governadora
parece não ser um bom negócio. Pois bem… Não é possível, aqui e agora, afirmar
que esse ou aquele é favorito a vencer as eleições de outubro. Henrique e
Robinson estão no mesmo patamar. Porém, é certo afirmar que o eleitor vai para
as urnas se sentindo órfão de um nome em quem eles gostariam de votar.
Essa, sem dúvida, será uma
disputa eleitoral atípica. Sem qualquer previsão.
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