Hoje, no Brasil, é comemorado o Dia do Homem, data que para muitos passa "despercebida", mas que tem como objetivo chamar a atenção da população masculina para a necessidade de cuidados com a saúde. De acordo com dados do Ministério da Saúde (MS), os homens vivem em média 7,6 anos a menos que as mulheres, além de se envolverem mais em acidentes de trânsito, casos de violência e procurarem menos os consultórios médicos.
"Esse dia tem como objetivo incentivar os homens a cuidar da própria saúde de forma preventiva, com acompanhamento do médico especialista, o urologista, assim como fazem as mulheres. Se todos tivessem essa consciência, com certeza o número de mortes na população masculina iria ser reduzido", disse o urologista Hallison Castro.
Amanhã, 16, a Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap) vai promover o "Circuito da Saúde do Homem", com programação voltada aos servidores na sede da Sesap. Serão feitos testes rápidos de sífilis e HIV, verificação de pressão e avaliação nutricional dos trabalhadores da saúde, além de palestras sobre importância dos cuidados com a saúde física e mental, ministradas por equipe técnica do órgão.
A Secretaria solicitou que todas as Unidades Regionais de Saúde Pública (Ursaps), e equipes técnicas dos municípios também realizem atividades e ações educativas relacionadas à saúde do homem, durante este mês.
Visando qualificar linhas de cuidados específicos com a saúde da população masculina, em 27 de agosto de 2009, através da Portaria nº1.944, foi instaurada a Política Nacional de Atenção Integral à Saúde do Homem, que tem as ações de atenção básica de saúde como principal instrumento.
Médicos alertam para alto índice de mortalidade entre homens
Dados do Ministério da Saúde mostram que, além de viverem sete anos menos que as mulheres, a cada três pessoas que morrem no Brasil duas são homens e que, na faixa etária entre 20 e 30 anos, o risco de morte é 80% maior para eles.
"Os homens têm lidado com cargas de estresse cada vez maiores, além de terem que seguir os preceitos de uma cultura que impõe a sustentação de uma imagem de força, quase uma invulnerabilidade, o que faz com que muitos guardem sintomas para si e só procurem o médico quando for tarde", disse Hallison Castro.
O urologista destaca ainda a importância que a família, sobretudo as mulheres, e a internet têm na prevenção de doenças e a mudança de comportamento dos homens em relação à saúde.
"Hoje o acesso à informação é muito maior. Através das redes sociais, os homens tomam conhecimento de campanhas de prevenção e, estimulados pelas mulheres, procuram logo o consultório médico, coisa que seria bom que todos fizessem a partir do início da puberdade, para receber conselhos sobre higiene e prevenção de doenças", conta.
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