Os candidatos Henrique Alves (PMDB) e Wilma de Faria
(PSB), ao governo e ao senado, passaram parte da sexta-feira (18) em Pau dos
Ferros, com a missão ingrata de tentar unir os adversários políticos locais em
torno do mesmo palanque.
Participaram de reuniões
separadas, uma com o grupo do ex-prefeito Nilton Figueiredo (PMDB), e outra com
o grupo do deputado Getúlio Rêgo/ex-prefeito Leonardo Rêgo (DEM). Muita conversa, argumentações,
porém, nenhuma definição.
Henrique e Wilma deixaram Pau dos Ferros, já no final da
noite, da mesma forma como chegaram. Não avançaram em absolutamente nada. O PMDB manteve a posição
natural de apoiar a chapa.
O DEM não alterou a posição,
mantendo o que Leonardo Rêgo havia dito em entrevista exclusiva ao titular do
blog, que não subirá no palanque do PMDB de Pau dos Ferros e muito menos admite
participar de uma campanha com dois palanques distintos em torno do mesmo
candidato.
Na reunião com o PMDB, o
ex-prefeito Nilton Figueiredo disse a Henrique e a Wilma que não tem nenhum
problema de receber o grupo de Getúlio e Leonardo, até porque são eles que
estão aderindo, na opinião de Figueiredo. O ex-prefeito ouviu de
Henrique que ele continuará sendo prioridade em Pau dos Ferros, ou seja, que
nas eleições de 2016, terá o apoio completo do PMDB para disputar a Prefeitura
de Pau dos Ferros. Bráulio Figueiredo, filho de Nilton, será o candidato outra
vez.
Henrique e Wilma saíram da
reunião com os peemedebistas e foram conversar com os democratas, na reunião
organizada pelos Rêgos. Os dois candidatos falaram da importância da união e
prometeram bom tratamento ao grupo que detém o poder municipal. Não convenceram.
Leonardo, ao assumir o microfone, repetiu o que havia
dito, mas transferiu a decisão para os correligionários. Porém, ressaltou que
antes do grupo decidir, vai ouvir os candidatos a governador Robinson Faria
(PSD) e ao senador Fátima Bezerra (PT). Depois daí, sairá a decisão.
Porém, membros do grupo de
Getúlio e Leonardo já deixaram evidenciado que se a decisão for para apoiar
Henrique e Wilma haverá “racha”. Tem correligionários que não
aceitam sequer ouvir a possibilidade de dividir palanque com Nilton Figueiredo.
O prefeito Fabrício Torquato,
que até aqui tem acompanhado Getúlio e Leonardo, muito dificilmente respeitará
uma decisão favorável a Henrique e Wilma. Se isso ocorrer, ele muito
provavelmente apoiará Robinson Faria e Fátima Bezerra.
Aos amigos Fabrício tem dito
que, quem quiser mudar de palavra que mude, mas ele não fará isso, em nome do
respeito ao eleitor e a sua forma de fazer política. Como sabe, Fabrício e a sua
mãe Maria Rêgo foram expulsos do PMDB por Henrique Alves e Garibaldi Filho.
Eles perderam o controle do partido para o grupo de Nilton Figueiredo, Elias
Fernandes e o deputado Gustavo Fernandes.
A situação, nesse caso, fica
complicado para Leonardo Rêgo. Ele tem dito abertamente que não abre mão de
suas convicções e que jamais subirá no palanque de Nilton, Elias e Gustavo
Fernandes. No entanto, não quer contrariar o pai, deputado Getúlio, que aceita
apoiar Henrique e Wilma, por livre a espontânea pressão do senador José
Agripino Maia, mandatário do Democratas.
Leonardo sabe, porém, que se
tiver que engolir o que disse, fica com a obrigação de apresentar uma
explicação convincente ao eleitor pau-ferrense. Não será uma tarefa fácil, dada
as palavras fortes que ele usou contra os adversários.
Portanto, não há qualquer
definição de como essa novela terminará. Porém, é certo que qualquer que seja o
desfecho, alguém sairá perdendo.
O grupo de Nilton Figueiredo;
ou o acampamento político dos Rêgos.
Fonte: Carlos Santos
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