Desde que o Brasil conquistou o direito de sediar a Copa
do Mundo de 2014, surgiu a preocupação em diferentes setores da sociedade sobre
qual seria a destinação das caríssimas arenas, construídas em “padrão Fifa”,
financiadas pelo dinheiro público. Passados mais de um mês do fim do mundial de
futebol, algumas arenas tem penado para conseguir uma programação que as
mantenha financeiramente.
Em Natal, o concessionário da Arena das Dunas tem feito
valer o nome de “arena multiuso”. Já foram realizados eventos corporativos na
estrutura interna do estádio, alguns festivais de música na praça de eventos e
o futebol também tem se destacado.
Se considerarmos apenas os jogos nacionais, a partida com
recorde de público foi ABC e Vasco pela Série B do campeonato brasileiro no dia
nove deste mês 27.044 pessoas. A renda do jogo foi de R$ 749.285. A partida
também ficou registrada como o maior público da edição da Série B deste ano até
o momento. A capacidade da Arena das Dunas é de 31.375 pessoas.
No entanto, a média de público dos jogos dos principais
times da capital não chega a dez mil pessoas por jogo. Vários fatores
influenciam a média baixa do público, como o preço do ingresso, a insegurança
nos estádios e seu entorno e também a possibilidade de o torcedor ver o jogo do
seu time na comodidade do seu lar. A baixa média de público se reflete em todas
as partidas do campeonato da Série B pelo país. Mas não é exclusivo deste
campeonato.
Para os próximos meses do ano, a Arena das Dunas já tem
assegurados os eventos: Arena Pop (com a presença das bandas O Rappa, Raimundos
e Pollo) a ser realizado no dia cinco do próximo mês, o evento é uma franquia
nacional; O Carnatal retornará a seu tradicional de realização, agora
utilizando a estrutura da praça de eventos da Arena; A Multifeira Brasil Mostra
Brasil também tem fortes chances de ser organizada no bairro de Lagoa Nova, uma
vez que a capacidade do Centro de Convenções não comporta mais o público do
evento; o Festival Música Alimento da Alma (Mada) também locará a praça de
eventos.
Em Cuiabá e Manaus a situação tem sido a mais crítica do
país, uma vez que esses Estados não possuem times fortes envolvidos em campeonatos.
Na Arena da Amazônia, há três meses não partida de futebol alguma desde o
último jogo na primeira fase da Copa do Mundo. O próximo jogo é Vasco e Oeste
no dia 16 de setembro. O Estádio Nacional Mané Garrincha tem passado pela mesma
dificuldade. O estádio da capital federal já serviu até de altar para casamento
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