No dramalhão do Democratas de Pau dos Ferros, que não
decidiu se vai ou não vai para o palanque do candidato a governador Henrique
Alves (PMDB), um detalhe ainda não visto pelo grande público: a necessidade de
o prefeito Fabrício Torquato e o ex-prefeito Leonardo Rêgo se separarem
politicamente, por uma questão de sobrevivência.
De lado a lado, esse detalhe é de fácil
entendimento. Fabrício tem o direito natural
à reeleição em 2016, enquanto Leonardo precisa voltar à Prefeitura, uma vez que
político sem mandato perde substância. Como o presidente do DEM
nacional e estadual, senador José Agripino Maia, não deixou Leonardo ser
candidato neste ano, restou-lhe a disputa municipal que se dará daqui a dois
anos.
Como se pode observar, os
projetos de Fabrício e Leonardo são conflitantes; daí, o caminho natural do
rompimento. Reconheça-se que, se a separação ocorrer, como de fato deverá ocorrer,
não será por questão pessoal ou desentendimento ocasional, mas, sim, por
sobrevivência política mesmo.
Nos bastidores, sabe-se que o
atual prefeito já fechou apoio à chapa Robinson Faria (governador)/Fátima
Bezerra (senadora). Por uma questão de estratégia, ele só anunciará depois de
Leonardo Rêgo tomar a sua decisão.
A situação de Leonardo é
delicada, uma vez que se encontra numa verdadeira sinuca de bico. Optando por
Robinson e Fátima, chegará atrasado, por culpa própria, já que preferiu
retardar a sua decisão. Nesse caso, Fabrício ficará bem na fita, porque chegou
primeiro. Caminhando para o palanque de
Henrique Alves e Wilma de Faria, chegará tarde para se abraçar com adversários
históricos, que são os condutores do palanque em Pau dos Ferros. Pior do que
isso: Leonardo terá de engolir o que disse sobre o ex-prefeito Nilton
Figueiredo (PMDB) e cia., considerados, por ele, os responsáveis por arrasar a
terra pau-ferrense.
Abre as aspas para as palavras
de Leonardo: Eu não subirei no palanque desse povo. Fecha as aspas. As palavras do ex-prefeito
estão bem vivas na mente dos conterrâneos. Mudar, agora, é se tornar figura
comum no malabarismo da política de ocasião. E isso não é do seu perfil.
A terceira e última opção
seria ficar de fora do processo eleitoral no que diz respeito à disputa
majoritária, limitando-se a cabo eleitoral de candidatos proporcionais,
correndo enorme risco de ficar alijado do cenário, até porque é como diz a
máxima futebolística: time que não joga, não tem torcida. E sem torcida, leia-se
eleitor, não tem como projetar retorno em 2016.
Esse dilema tem um final
previsto: o rompimento.
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