O jornalista Valdo Cruz da Folha analisou o debate de
ontem, 26, com os candidatos a presidente da república na TV Bandeirantes.
Nova ameaça na corrida
presidencial tanto para a petista Dilma Rousseff como para o tucano Aécio
Neves, Marina Silva (PSB) mostrou no primeiro debate entre os presidenciáveis
disposição para o ataque, mirando nos seus dois principais adversários.
Quem esperava uma Marina num
estilo pacífico encontrou uma candidata assumindo um tom provocativo desde o
início. Mirou em Dilma para fazer sua
primeira pergunta, fazendo um link com as manifestações de rua de junho do ano
passado, de onde vem boa parte de seu apoio.
Já a presidente petista
preferiu seguir um roteiro que já pode estar um pouco desgastado pela novo
cenário da disputa presidencial, com Marina na segunda colocação das pesquisas,
e mirou na polarização dirigindo sua pergunta ao tucano Aécio Neves, cobrando
dele explicação sobre medidas impopulares que chegou a dizer que tomaria à
frente do governo.
Do seu lado, o senador mineiro,
num estilo tranquilo e irônico em suas abordagens, fez o movimento mais
esperado para quem foi ultrapassado nas pesquisas por Marina. Dirigiu a ela sua primeira
pergunta, cobrando coerência da ex-senadora ao lembrar que a candidata deseja
buscar o apoio de tucanos mas se recusa a subir no palanque de Geraldo Alckmin,
que tem o apoio do seu PSB.
O roteiro do debate seguiu a
cartilha dos estrategistas das campanhas. Inclusive na segunda etapa da
pergunta entre candidatos.
Aécio, precisando se recuperar,
escolheu Dilma para sua questão. E a petista e Marina evitaram o
confronto direto.
Em sua fala final, Marina, que
cobrou tanto de Aécio como de Dilma o reconhecimento de erros do passado,
deixou os ataques de lado e preferiu focar sua mensagem na perda de Eduardo
Campos.
Dilma seguiu o roteiro de quem
é governo e defendeu suas realizações.
O tucano aproveitou para atacar Dilma e Marina e se apresentou como aquele que
faria mudanças sem riscos para o país.
0 comentários:
Postar um comentário