O candidato ao
Governo do RN, Henrique Eduardo Alves, do PMDB, não foi o único que recebeu
doações consideráveis de empresas citadas como beneficiadas no escândalo da
Petrobras. A companheira de chapa dele, a ex-governadora Wilma de Faria,
candidata ao Senado Federal pelo PSB, também recebeu doações consideráveis de
duas construtoras supostamente envolvidas no esquema: a OAS e a Andrade
Gutierrez. Alias, para a campanha dela, chegou bem mais dinheiro do que para a
de Henrique. Afinal, Wilma teve quase três milhões de reais em doação da duas
empresas, enquanto o peemedebista, apenas R$ 150 mil.
É importante
ressaltar, entretanto, que a candidata do PT, Fátima Bezerra, adversária de
Wilma na disputa pelo Senado, também se beneficiou com dinheiro das empresas citadas.
A Andrade Gutierrez doou R$ 425 mil para a campanha da petista, por meio de
transferência eletrônica. A Engevix Engenharia, outros R$ 50 mil, o que dá R$
475 mil doados por envolvidas supostamente.
Por isso, Wilma
continua com destaque. O valor doado pela OAS a candidata do PSB foi de R$
1,915 milhão. As doações foram feitas em três cheques de R$ 400 mil, R$ 450 mil
e R$ 965 mil, nos dias 15 e 30 de julho e 28 de agosto, e endereçadas ao
Diretório Estadual do PSB. E Wilma, que preside o partido no Rio Grande do
Norte, repassou o dinheiro para a própria campanha, a “principal” do PSB nesta
disputa eleitoral.
A Andrade
Gutierrez doou mais R$ 1 milhão, em cheque, repassado a Wilma no dia 7 de
agosto. Somando os dois valores, chega-se a quase R$ 3 milhões.
A OAS, que
recebeu R$ 396 milhões para construir a Arena das Dunas, foi uma das citadas no
escândalo da Petrobras. A construtora, assim com a Queiroz Galvão e a Andrade
Gutierrez, teria se beneficiado de contratos com a maior estatal brasileira e,
em troca, faria doações para a campanha de candidatos envolvidos no esquema.
E, conforme
mostrou o site do grupo Folha de São Paulo, Henrique Eduardo Alves, citado na
delação premiada do ex-diretor Paulo Roberto Costa como um dos beneficiados,
recebeu R$ 1,1 milhão para gastar na campanha das duas empreiteiras. Ao todo, o
PMDB do Rio Grande do Norte, o qual ele preside, recebeu R$ 5 milhões em
doações da OAS e da Queiroz Galvão.
O site do
Tribunal Superior Eleitoral (TSE) registrou que parte dos recursos doados pela
OAS ao PMDB chegou, também, para a campanha de deputados estaduais de Hermano
Morais (R$ 100 mil), de Ezequiel Ferreira (R$ 150 mil) e Adenúbio Melo (R$ 100
mil).
Nem Wilma, nem
Fátima, vale lembrar, foram citadas no esquema, mas o PSB e o PT sim. Afinal,
segundo Paulo Roberto, o presidente nacional do partido, Eduardo Campos (que
faleceu em agosto), se beneficiava dos desvios da Petrobras. No PSB do Rio
Grande do Norte, além de Wilma, outra candidata do PSB, Sandra Rosado, deputada
federal que disputa a reeleição, recebeu R$ 100 mil da Queiroz Galvão para a
campanha.
O esquema,
claro, também envolveu membros do partido que hoje está no comando do Governo
Federal, o PT. O tesoureiro nacional da sigla , João Vaccari Neto, inclusive,
seria seu principal interlocutor do desvios da estatal.
Fonte: Jornal D' Hoje
Fonte: Jornal D' Hoje
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