A desconstrução da imagem de Marina Silva (PSB) na
corrida presidencial é a principal estratégia da presidente Dilma Rousseff,
candidata à reeleição, e de Aécio Neves (PSDB), que ainda sonha estar presente
em eventual segundo turno.
Aqui no Estado, Robinson Faria
(PSD) esboça um movimento para desconstruir o líder nas pesquisas Henrique
Eduardo Alves (PMDB) na corrida pelo governo.
Por enquanto, a iniciativa de
Robinson é tímida. Apontar que Henrique tem correligionários no Governo Rosalba
Cairlini, do qual Robinson é vice-governador, é artilharia fraca. Tiro de
espingarda de soca, ou de chumbinho.
Tem gente curiosa querendo
saber se Robinson vai atacar Henrique nas condenações sofridas pelo candidato
do PMDB por imbrobidade administrativa nos tempos da SEGOV (Secretaria de
Governo), na era do governador Garibaldi. Ontem, o deputado José Dias, aliado
de Robinson, provocava jornalistas a tratarem do assunto.
Tem gente querendo saber se
Robinson vai falar das negociatas de Henrique e de líderes do PMDB, Eduardo
Cunha e Michel Temer, por cargos e verbas no governo federal.
Tem gente querendo saber se
Robinson vai questionar os US$ 15 milhões que supostamente Henrique tem
depositados no exterior, segundo denúncia de uma ex-mulher do deputado.
Tem gente querendo saber se
Robinson vai cobrar os projetos que Henrique apresentou como deputado federal
ao longo de mais de 40 anos de carreira na Câmara.
Tem gente querendo saber se
Robinson fará referência ao bode "galeguinho", que guardava a
construtora de fundo de quintal de um assessor do deputado e que recebeu
recursos de mais de R$ 6 milhões do Orçamento Geral da União.
Tem gente querendo saber se
Robinson vai lembrar os escândalos de corrupção de Dona Wilma, aliada de
Henrique na chapa majoritária.
Essas, sim, seriam artilharia
pesada contra o candidato do PMDB. Seriam tiros de canhão.
Pelo visto, não. Robinson
Faria teve a chance de atacar Henrique quando ele recebeu o apoio do PTB
potiguar no gabinete da Presidência da Câmara dos Deputados, e não fez nada. O
deslize de Henrique Alves poderia ter complicado a vida dele no campo
eleitoral, mas Robinson deixou a história para lá. Deve ter sido pelo fato de
Fábio Faria, filho de Robinson, ocupar a primeira vice-presidência na mesa
dirigida por Henrique Eduardo Alves
Fonte: Nominuto
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