BOMBA! LIGAÇÃO ENTRE JOSÉ AGRIPINO DEM E PSDB EM DESVIO
DE DINHEIRO PARA CAMPANHA ELEITORAL DESDE 2012
O Procurador Federal de Minas Gerais, Eduardo Morato Fonseca, recebeu do
Sindicato dos Auditores Fiscais de Minas Gerais (SINDIFISCO-MG), um documento
que mostra uma lista de políticos, partidos e empresas numa operação para,
supostamente, financiar as campanhas eleitorais de 2012 para prefeitos e
vereadores.
O Conversa Afiada tem a informação de que o
promotor Morato Fonseca encaminhou a documentação à Procuradoria Geral da
República, já que entre os suspeitos estão políticos com direito a foro
privilegiado.
No documento, onde se lê “consórcio” é possível entender que dele façam
parte operações à margem da legislação eleitoral.
O arquivo teria sido enviado ao candidato a Presidente Aécio Neves
(PSDB), em 4 de setembro de 2012, por Danilo de Castro, à época Secretário de
Estado de Governo de Minas e possível operador do esquema. Nessas eleições,
Castro coordenou a campanha de Pimenta da Veiga (PSDB)
ao Governo de Minas.
A movimentação financeira teria beneficiado partidos e políticos –
principalmente prefeitos e vereadores – nas eleições de 2012. Entre eles, o
ex-governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), que faleceu este ano em
acidente de avião. Teriam sido destinados R$ 2 milhões e 500 mil a Campos,
conforme teria determinado Aécio Neves, como mostra o documento, o que mostra
uma suposta ligação entre ambos há, pelos menos, dois anos.
Ao todo, 19 siglas teriam o caixa abastecido com o esquema, como PSDB,
PSB, DEM, PPS, PSD, PV, PP, PRB. Entre os políticos citados, estão José Serra
(PSDB), então candidato a prefeito em São Paulo, que teria recebido R$ 3
milhões e 600 mil, o prefeito de Belo Horizonte (MG), Marcio Lacerda (PSB), R$
7 milhões, Arthur Virgilio (PSDB), prefeito de Manaus (AM), R$ 600 mil, Geraldo
Julio (PSB), prefeito de Recife (PE) R$ 550 mil e o senador José Agripino Maia
(DEM), R$ 2 milhões e 300 mil “por intermédio” do deputado Gustavo Correia
(DEM-MG), de acordo com o documento.
Os recursos podem ter saído de mais de 150 empresas dos mais diversos setores,
como alimentação, construção civil, bancos, associações e sindicatos. Algumas
foram citadas recentemente pelo ex-diretor da Petrobras, Paulo Roberto Costa,
em seu depoimento à Justiça Federal: Andrade Gutierrez, OAS, Queiroz Galvão e
Camargo Correa.
Chamam a atenção supostas doações de grupos como Conselho Federal de
Medicina, que se envolveu na polêmica do programa Mais Médicos, que teria
cedido R$ 40 mil, Federação Mineira dos Hospitais R$ 45 mil, Federação das
Santas Casas de MG com R$ 100 mil, Associação Espírita o Consolador com R$ 160
mil, Associação dos cuidadores de idosos de MG, com R$ 200 mil, UGT (União
Geral dos Trabalhadores) R$ 50 mil e Sindicato dos ferroviários R$ 55 mil. Além
de bancos como o BMG, BGT Pactual, Santander, Itaú e Mercantil do Brasil.
Outras que aparecem são empresas ligadas a governos, como a CEMIG,
companhia de energia de Minas, que teria doado R$ 6 milhões, a CODEMIG
(Companhia de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais) R$ 3 milhões e a
Fundep (Fundação de desenvolvimento da Pesquisa) instituição que realiza a
gestão de projetos de ensino, pesquisa e extensão da UFMG (Universidade Federal
de Minas Gerais).
Alguns dos doadores já são denunciados por participar de esquemas
polêmicos. Um deles é o dono da Stillus Alimentação Ldta, Alvimar Perrela,
ex-presidente do Cruzeiro e irmão do deputado Zezé Perrela. Segundo matéria de O Globo,
“ele é acusado de liderar um esquema de fraudes que o fez vencedor em 32
licitações com o governo de Minas para o fornecimento de quentinhas para
presídios do estado. No período de janeiro de 2009 a agosto de 2011, o grupo de
empresas ligadas a Stillus Alimentação recebeu cerca R$ 80 milhões em contratos
firmados com a Secretaria de Estado de Defesa Social de Minas”.
A Construtora Cowan,
uma das responsáveis pela construção do viaduto que caiu em Belo Horizonte, de
acordo com os documentos, teria cedido ao esquema R$ 650 mil.
Consta ainda a quantia de R$ 36 milhões e 800 mil que teria vindo de
“outras fontes”, não esclarecidas.
O dinheiro arrecado teria irrigado, principalmente, as campanhas de
PSDB, DEM e PSB.
Abaixo, o
documento na íntegra:
Fonte: Blog do Primo
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