Vitima de um acidente automobilístico no seu carro na tarde da última sexta-feira(10) na RN 117, nas proximidades de Raimundo Mariano, em Olho
D'água do Borges, Narcísio estava internado no Hospital
Tarcisío Maia/Mossoró, onde vinha se recuperando muito bem, mas infelizmente de maneira ainda inesplicável veio a óbito na madrugada de ontem(14). O seu sepultamento ocorreu às 18h de ontem (14), no Cemitério local. Esta foto foi do ultimo encontro que tivemos juntos na casa do nosso amigo Valcides (Recanto Nobre), em 27/09/de 2014 para comemorar o meu aniversario, quando ele está ao lado de sua esposa Maria Jose, que além da dor pela perca de seu companheiro, passa no memento por problemas de saúde. Mas Deus e os amigos vão lhe dar o conforte a voce e Arnom para superar estes momentos dificeis.
A morte e a dor da perda
Morte. A palavra, por si só, já carrega um peso. É a
única certeza que temos na vida, a de que todos morreremos um dia. Mas é
difícil se preparar para perder alguém. Algumas almas elevadas conseguem lidar
bem com as perdas, mas acredito que a grande maioria das pessoas não está
pronta para ver arrancado de sua vida alguém que ama. A gente
sente uma saudade diferente. É uma saudade amarrada pela certeza de
que nunca vai passar. É uma saudade que vai ser eterna. A gente apenas se
acostuma a conviver com a ausência, mas não esquecemos, não deixamos
de sentir falta… as memórias permanecem, o peito aperta em cada lembrança,
e só o tempo mesmo para acalmar o coração…
A compreensão da morte vai depender da crença
religiosa de cada um. Cada um interpreta o ato de morrer de uma forma
diferente. Para alguns, voltaremos em uma nova encarnação; para outros, ali
acaba a vida…. Teorias não faltam para tentar explicar a morte… Mas o fato é
que é difícil perder alguém. Um vazio parece invadir
nosso peito, a sensação de que você não está vivendo aquilo, uma vontade de que
seja tudo um sonho, um desespero que a gente não consegue explicar… O
descontrole inicial passa, e você cai na real: a pessoa já não está em sua
vida, não daquele jeito a que você estava acostumado.
Aquela rotina que gente cumpriam já não existe. Você
sempre espera a pessoa chegar naquela hora de costume, mas ninguém bate à
porta… Ouvir a voz dando
bom-dia, ouvir a voz falando qualquer coisa… Enfrentar a morte é um processo que exige tempo para que consigamos
lidar melhor com a situação, com a ausência em si…
Mas a vida segue seu rumo, impiedosa. Os dias continuam
passando a cada 24h e o resto de sua vida caminha a passos largos, ainda que
você precise dar um tempo de tudo. Só que hoje, não temos tempo nem para o
luto. Não que ninguém deva se entregar à dor e lá ficar. Não é isso… A questão
é que é impossível exigir que funcionemos como se nada tivesse acontecido. É
impossível desvincular o emocional das nossas rotinas diárias. Mas a nossa sociedade
apressada não quer saber disso. Não temos mais tempo para chorar. Ou então
choraremos a caminho de algum lugar, ou enquanto executamos alguma atividade…
A fase de luto não é fácil. Dói, machuca… nossas
lembranças se viram contra nós, porque trazem à tona as imagens que gostaríamos
de esquecer. O mundo não para, os segundos correm, o tempo passa… Porque
um dia nós é que vamos morrer… e a perda me fez pensar no quanto é importante
se preocupar com o que você anda fazendo da sua vida…
A maioria de nós já perdemos um amigo ou parente e sabemos que
a morte de alguém pode nos abalar profundamente. É nessas horas que a ajuda de
amigos é tão valiosa para conseguir
suportar a dor. Ao ouvir com paciência e estando sempre pronto para ajudar para
o que der e vier, você se torna um sopro de esperança para quem está se
sentindo tão triste e desanimado.
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