Lula passou oito
anos (e Dilma quase quatro) gabando-se das proezas da Petrobras. Nunca antes
neste país houve empresa tão exemplarmente eficaz, recitou a dupla desde 2003.
A autossuficiência na extração de petróleo garantiu a carteirinha de sócio da
OPEP. A descoberta do pré-sal ─
uma dádiva de Deus, segundo o ex-presidente ─ permitiria enfeitar o Brasil Maravilha com
deslumbramentos adicionais que matariam de inveja os imperialistas ianques e os
comunistas de araque da China. Para a estatal que valia R$ 380 bilhões em
2010, o céu era o limite.
A ladroagem
colossal desmoralizou a tapeação. Hoje avaliada em R$ 181 bilhões, a companhia
devastada pela corrupção e pela incompetência foi expulsa da discurseira
delirante de Lula e do palavrório ininteligível de Dilma. Mas a fábrica de
espantos não interrompeu a produção, avisa a façanha recente: se a Petrobras
fosse um país, e calculasse o Produto Interno Bruto com base no produto do
roubo, não faria feio no ranking do Fundo Monetário Internacional que rastreia
a situação econômica de 187 nações.
Segundo a
Polícia Federal, as fortunas engolidas pelo maior esquema de corrupção de todos
os tempos somam US$ 10 bilhões de dólares. Como atesta o quadro abaixo, o
resultado do saque sem precedentes supera o PIB de 52 países. Nunca antes neste
planeta uma quadrilha apadrinhada pelo governo roubou tanto. O recorde não será
batido tão cedo. Já teria sido celebrado por Lula em muitos comícios se a
Polícia Federal não estivesse por perto.
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