Se depender da vontade do governador eleito Robinson Faria (PSD), a Secretaria de Educação do Estado do RN será ocupada pelo PT. E, de preferência, que o PT indique alguém ligado ao Sindicato dos Trabalhadores em Educação (SINTE-RN).
A estratégia de Robinson, com essa bondade, não é apenas reconhecer a importância do PT na sua campanha vitoriosa, mas, principalmente, neutralizar a força do maior sindicato do Estado, o Sinte, que tem influência sobre todas as outras entidades de servidores públicos estaduais.
Aliás, o sindicato dos professores, com o cofre poderoso, é conhecido como “primo rico” do movimento sindical no RN, tendo servido, sem faltar a nenhum momento, às lutas das outras categorias.
O governador eleito sabe que não terá condições de promover melhorias salariais para a categoria, da forma como os trabalhadores em educação foram prestigiados no governo Rosalba Ciarlini.
Para se ter ideia, em pouco mais de três anos de gestão, Rosalba concedeu quase 100% de reajuste salarial, além de resgatar demandas que estavam emperradas desde 2006 e atender reivindicações que se arrastam há anos. É o caso do concurso público que permitiu a nomeação de mais de três mil concursados.
Apesar das melhorias, o Sinte patrocinou os maiores movimentos contra o governo Rosalba, não abrindo mão da politização do movimento, em nome dos interesses do PT.
É aí que Robinson quer colocar o dedo, para atrair a entidade dos professores, berço da carreira política da deputada federal e senadora eleita Fátima Bezerra e do deputado Fernando Mineiro, e neutralizar a “cabeça” dos movimentos dos servidores públicos.
Robinson entende que, neutralizando os políticos encastelados no Sinte, amenizará os efeitos das lutas dos servidores públicos, o que ele considera importante para ter tranquilidade de conduzir os destinos do Rio Grande do Norte.
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