Desde esta segunda-feira (17) os policiais civis de Natal
têm convivido com mais um problema. Por falta de pagamento por parte do Governo
do Estado, a empresa responsável pela locação das viaturas para a corporação
começou a recolher os veículos. A denúncia foi feita pelo Sindicato dos
Policiais Civis e Servidores da Segurança Pública do RN (Sinpol-RN).
De acordo com Paulo César,
presidente do Sinpol-RN, policiais estavam saindo para o serviço quando as
viaturas simplesmente pararam de funcionar. “Os policiais me ligaram informando
o problema. Falaram que estavam nas viaturas (que são do tipo Ranger) e o
veículo parou de funcionar, ficou sem ligar. Como os carros têm um GPS, a
empresa dona dos veículos chegou a recolheu as viaturas. Um absurdo sem
tamanho. Os policiais estavam saindo para diligências e aconteceu isso”,
destacou.
Para o presidente do Sinpol, o
fato mostra o descaso que o atual Governo sempre demonstrou com a segurança
pública. “Desde o início da atual gestão que a segurança pública vem
enfrentando problemas, que só se acumularam com o passar do tempo até chegar a
um ponto no qual a situação ficou bem complicada. Tivemos algumas melhorias nos
últimos meses, mas a situação continua ruim”.
Paulo César também contou que
o Sinpol tem se reunido constantemente com sindicatos de diversas áreas para
discutir a atual situação do Rio Grande do Norte. “Nós estamos preparando um
relatório geral sobre a situação de todas as áreas do Estado. Nos últimos dias
nós tivemos reuniões com a equipe de transição do novo Governo e eles nos
passaram a atual situação financeira do Estado. Vamos entregar o nosso
relatório para eles para nos unirmos e tentar encontrar as melhores soluções
para que o nosso Estado não enfrente todos os problemas que tem enfrentado nos
últimos anos, principalmente pela falta de planejamento”.
Em contato com a reportagem do
Jornal de Hoje, Gustavo Santana, diretor administrativo da Delegacia Geral da
Polícia Civil do RN (Degepol), afirmou que realmente existe uma dívida do
Estado com os fornecedores, mas ele não soube informar se esse é o motivo pelo
qual as viaturas não estão sendo utilizadas.
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