Quem perde força com a derrota de Henrique Alves (PMDB)
nas urnas?
Primeiro, a política antiga,
de conchavos em gabinetes, de imposição de caciques, de golpes, de desrespeito
ao eleitor. Esse modelo desce a plano inferior, de onde nunca deveria ter
saído. O cidadão-eleitor deixou claro que não tolera mais os acordos, negociatas
e o mercado persa, onde o seu voto é colocado como moeda.
Segundo, o próprio Henrique. Ele deixará de ter mandato
depois de 44 anos, o que, por si só, já representa uma grande mudança em sua
vida pública e pessoal. Henrique perde a condição de líder, que, por
consequência, será transferida para o ministro Garibaldi Alves Filho, e tem o
futuro político comprometido. Não significa que está acabado, porém precisará
recomeçar por uma via diferente daquela que lhe deu sustentação por quase cinco
décadas.
Terceiro, o senador José
Agripino Maia (DEM). Ele apostou todas as fichas na
sucessão eleitoral dos Alves, como trampolim do seu projeto em 2018, que é a
renovação do mandato, e se deu mal. Além da derrota, Agripino sai
do processo com a imagem bastante avariada, devido à forma como conduziu o
processo de eliminação da governadora Rosalba Ciarlini, a sua leal companheira
política de 40 anos. Essa postura afastou o eleitor
de Agripino, principalmente em Mossoró, o segundo maior colégio eleitoral do
Rio Grande do Norte e principal base político-eleitoral de Rosalba. Na cidade,
inclusive, o Democratas praticamente deixou de existir.
Quarto, a ex-governadora Wilma
de Faria (PSB). Além de perder com Henrique, ela se viu rejeitada pela segunda
vez na disputa ao Senado Federal. Wilma teve a chance de se
compor com Robinson Faria (PSD), o governador eleito, mas preferiu o palanque
dos Alves, adversários do passado e que ajudaram a destruir a sua imagem em
todos os quadrantes do Estado. Wilma ainda é vice-prefeita de Natal, condição
que muito provavelmente ela perderá nas eleições de 2016. O insucesso nas urnas
lhe tirou a força para impor uma candidatura.
Quinto, o grupo liderado pela
deputada federal Sandra Rosado (PSB). Ela e a filha, deputada
estadual Larissa Rosado (PSB), ficarão sem mandato a partir de janeiro de 2015.
A não renovação do mandato se deve muito à coligação pesada que foi formada
para beneficiar Henrique Alves. Agora, Sandra e Larissa vão
ter de sobreviver até 2016, quando tentarão voltar à tona na disputa à
Prefeitura de Mossoró.
Sexto, o casal Fafá
Rosado/Leonardo Nogueira. Foram engolidos pelos Alves e
pelas urnas, ficando sem qualquer perspectiva de futuro. O grupo terá de
repensar muito, para tentar voltar com possibilidades para 2016.
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