Companhia Nacional de
Abastecimento no Rio Grande do Norte afirma que a seca é a causadora da queda
de produção de castanha de caju.
A estimativa para 2015 é que o
Rio Grande do Norte produza cerca de 20 mil toneladas castanha de caju, uma
queda de aproximadamente 60% em relação à safra normal. Produtores da região
alto Oeste, Litoral e Agreste estão com dificuldades de superar a crise.
O analista de mercado da
Companhia Nacional de Abastecimento no Rio Grande do Norte, Luiz Gonzaga Costa,
afirmou que a seca é a causadora da queda de produção de castanha de caju.
“As condições climáticas foram
desfavoráveis em 2014 tanto para a cultura de grãos, como feijão, milho, que se
estendeu aos cajueiros. A chuva foi pouca para que tivéssemos uma safra normal,
produzindo mais de 40 mil toneladas”, detalhou o especialista em agronegócio.
Costa
detalhou que os municípios de Serra do Mel, Apodi, Severiano Melo, Rodolfo
Fernandes e Doutor Severiano foram os mais penalizados com a seca. “Os
municípios do Agreste, Litoral e Serra de Santana tiveram um produção um pouco
melhor, longe de uma safra normal”, ressaltou.
O presidente da Federação de
Agricultura do Rio Grande do Norte (Faern), José Álvares Vieira, declarou que a
entidade está preocupada com o cenário produtivo, que consequentemente,
prejudicam as exportações de castanha de caju.
“Com a seca, os cajueiros
morreram ou os produtores sacrificaram, fazendo lenha e tendo uma fonte de
renda. Além disso, os pés não estão sendo renovados, substituídos”, disparou. O
presidente lembrou que uma fábrica de beneficiamento da castanha foi fechada há
um ano em São Paulo do Potengi por falta de matéria prima.
Para Vieira, o Governo do Estado
precisa criar programas para renovas e estimular o plantio, fornecendo mudas
resistentes, por exemplo.
Luiz Gonzaga Costa acrescentou
que os produtores devem mudar o modelo de produção, renovando os pés de
cajueiros que por serem antigos, a produção cai.
“Substituir por nos e plantar em
novas áreas é uma saída. Plantar uma espécie mais resistente a seca, como o
anão precoce e usar a irrigação, plantando onde tem água, não dependendo só da
chuva”, aconselhou.
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