Num discurso contendo sérias críticas ao próprio Poder
Judiciário, principalmente em razão de gastos excessivos e irregularidades
administrativas em casos de nomeações de 240 cargos comissionados, o
desembargador Cláudio Santos assumiu o cargo de presidente do Tribunal de
Justiça do Rio Grande do Norte, o Poder Judiciário potiguar, na noite desta
sexta-feira, em solenidade bastante concorrida realizada no Teatro Riachuelo no
Shopping Midway Mall.
“É preciso mudar começando
pelo Judiciário. O Rio Grande do Norte deve ter o judiciário que o povo pode
pagar, não o que nós imaginamos que deva ser ou que o vírus da minha veia de
mecenas acredita como ideal”, disse o desembargado, completando: “temos que dar
o exemplo. O crescimento dos gastos do Poder Judiciário é absurdo e isso nunca
foi explicado”.
Cláudio Santos referiu-se
também no seu discurso ao chamado “Auxílio Moradia”, benefício recebido por
magistrados que tem sido sistematicamente criticado por setores da mídia e pela
própria sociedade. “Temos que dar satisfação à opinião pública, ou não
exercitaremos o tão decantado princípio da transparência, a que estamos
obrigados. É necessário que mostremos o que estamos fazendo e a motivação que
nos leva a tanto. Comece-se por explicar o esdrúxulo auxílio-moradia para os
Magistrados – que pessoalmente percebo -, que nada mais é do que parte do
subsídio que foi perversamente congelado, nos últimos anos, a nível nacional,
simplesmente porque o Poder Judiciário exerceu as suas prerrogativas
constitucionais, levando às grades aqueles que agrediram a lei penal”, afirmou.
O novo presidente do TJ
afirmou, também, que na repartição de receitas “o Judiciário não pode se
apoderar de um quinhão de recursos acima do imprescindível ao equânime
exercício das demais atividades públicas, pois há muitas outras também
importantes e necessárias ao razoável gozo da cidadania”.
O novo presidente do Tribunal
de Justiça do Rio Grande do Norte disse ainda entender que “já passa a hora de
se mudar a curva ascendente da insensatez na gestão dos recursos públicos com o
crescente aumento das despesas públicas isolando-se cada órgão e voltando-se
unicamente para o reduzido horizonte de seu próprio umbigo”.
Veja materia completa AQUI
0 comentários:
Postar um comentário