Titular da Semarh, José Mairton França falou do trabalho de convivência com a seca. |
A falta de água é uma realidade para muitos moradores do interior do Rio Grande
do Norte. O cenário em vários municípios chega a ser desesperador. Cerca de 80%
das cidades do interior sofrem com a suspensão ou a falta de água
constantemente. Buscando amenizar essa realidade provocada por uma das maiores
estiagens já vista no estado, o Executivo estuda alternativas.
O Secretário de Meio
Ambiente e Recursos Hídricos (Semarh), José Mairton França explica que a
primeira ação que o governo prevê é a perfuração de novos poços, porém
ressalta. “Apenas a perfuração de novos poços não vai resolver, então também
pretendemos realizar outras ações, como o estudo para integração das bacias do
estado, como já pode ser visto em outros estados. Essa possibilidade já havia
sido levantada à época que o governador foi secretário da pasta, então a gente
quer dar continuidade ao trabalho”.
Ainda
de acordo com o secretário, a meta da gestão prevê a instalação de 3.600 a 4
mil poços até 2018. José Mairton França também faz o alerta. “Se em 2015 não
tivermos um volume de chuvas satisfatório, poderemos até entrar em estado de
calamidade pública”, disse.
Sobre
a situação dos reservatórios do estado, o titular da Semarh apresenta dados
preocupantes. “Temos alguns reservatórios em estado confortável, como é o caso
de Umari, no município de Upanema, e a Barragem de Armando Ribeiro Gonçalves,
em Assu, mas nas demais cidades do interior a situação é preocupante. O Açude
Gargalheiras, na cidade de Acari, por exemplo, está quase seco”. Em Natal, de
acordo com o secretário, a situação está controlada. “Na capital não temos
problemas não. O problema maior é na região do semiárido”, falou.
No
somatório total do Rio Grande do Norte, a capacidade do estado é de 3 trilhões
de metros cúbicos de água. O estado administra 46 reservatórios, sendo a
Barragem de Armando Ribeiro Gonçalves, em Assu, o maior reservatório, com
capacidade para 2,4 bilhões de metros cúbicos de água, segundo dados da
Secretaria de Meio Ambiente e Recursos
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