A previsão de reajuste nas tarifas de energia elétrica,
que, segundo especialistas, pode chegar até 40% ainda este ano, preocupa não só
os consumidores residências como lojistas, prestadores de serviços e turismo,
uma vez que esses setores também utilizam energia como base para produção e
execução de seus trabalhos.
“Praticamente todo tipo de comércio é dependente do consumo de energia.
Seguindo essa linha, esse aumento certamente será repassado diretamente ao
consumidor, o que vai gerar um segundo problema que é a inflação – aumento no
nível de preços – que já está alta e aumentará mais, limitando o poder de
compra do brasileiro”, frisou o vice- presidente da CDL Natal Augusto Vaz.
Se no setor lojista existe a possibilidade do aumento de preços, no turismo
essa tese não se aplica. “Não tem como termos esse repasse ao consumidor já que
nosso setor enfrenta instabilidade, então, não temos como aumentar a tarifa com
um mercado que não está aquecido. O que vai acontecer é o aumento dos custos
para os empresários”, disse o secretário estadual de Turismo e presidente da Associação
Brasileira da Indústria de Hotéis do Rio Grande do Norte (ABIHRN).
A Federação de Comércio de
Bens, Serviços e Turismo do Rio Grande do Norte (Fecomércio) também não vê com
bons olhos o reajuste. “Será mais um ônus com o qual o setor produtivo terá que
arcar, em um contexto de dificuldades pelo qual comércio, serviços e turismo
vêm passando. Esta é mais uma má notícia que certamente terá impactos negativos
em toda a nossa economia. Impactos que ainda não temos como mensurar”,
ressaltou o presidente da Fecomércio, Marcelo Queiroz.
O reajuste nas tarifas de energia elétrica do país é provocado por alguns
fatores, dentre eles o aumento no custo da geração de energia ocasionado pela
seca, o que levou a adoção de bandeiras tarifárias, além do fim os repasses do
Tesouro Nacional à Conta de Desenvolvimento Energético (CDE), fundo com as
principais despesas do setor.
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