Em seu primeiro discurso como governador, Robinson Faria
(PSD) reafirmou seu compromisso no eixo principal que norteou sua campanha:
segurança, saúde e educação. “Na
educação, a implantação efetiva do plano nacional de educação, já previsto em
lei. Convocar as universidades públicas e privadas, mediante convênios, para
compor parceria permanente com o Estado. Erradicar o analfabetismo, consolidar
a municipalização da educação. Implantar o Brasil Profissionalizado, lançar o
Pronatec estadual, convocar pais para participarem das decisões escolares.
Dignificar a atividade professoral. A situação de sucateamento da educação não
é muito diferente da saúde. O compromisso que assumo é enfrentar com coragem de
mudar esse cenário”, afirmou.
“Na saúde,
a recuperação dos hospitais regionais. Vinte e cinco unidades que se encontram
hoje entregues ao abandono. Quero recuperá-los e redefinir seus perfis. Criação
dos centros de diagnósticos em Natal e Mossoró, inicialmente, para desafogar as
demais unidades. A construção do tão sonhado hospital de traumas da capital,
deixando o Walfredo com o atendimento de grandes demandas. É urgente retirar
dos corredores a condição degradante… Valorizar os servidores e profissionais
da área. Estabelecer metas que evitem as doenças antes de sua instalação.
Atender à demanda dos carentes e não esperar pela judicialização, ocupando a
Justiça, já bastante demandada. Estimular a participação das universidades nas
pesquisas”, prometeu.
“Na
segurança, a implantação da ronda cidadã, já testada e confirmada em vários
lugares do mundo. Onde não deu certo o insucesso foi resultado de causas
alheias ao espírito do programa. Humanização dos servidores. Corrigir o absurdo
dos 10 anos sem promoção. A revisão do estatuto da Polícia Militar.
Estabelecida as prioridades de emergência não descuidarei de outros núcleos da
vida em sociedade”, disse Robinson.
Ele ainda
falou sobre turismo, cultura, esporte, desenvolvimento econômico e outras
áreas. Antes falar nas promessas, ele fez uma retrospectiva da trajetória
política e lembrou como enfrentou os líderes políticos locais. “Nunca
houve na história política do Rio Grande do Norte um candidato a governador tão
abastecido de solidão. Dos líderes consolidados: o conselho de desistir; de
aliados de outras lutas: a deselegância de sugerir que fugisse. Ou então a
sugestão da composição de aliança para manter os mesmos mandatários,
historicamente estabelecidos na força do poder. Amparado na fé da minha
família, da memória de meu pai e de meus fieis aliados, a motivação que me
sustenta é ser instrumento de melhoria do povo potiguar”, lembrou Robinson, que
prosseguiu:
“Ao dizer
na campanha que queria ser o melhor governador, era minha motivação. Não havia
e nem há qualquer sentido de presunção ou vaidade pessoal. É a motivação que me
toca a me colocar a serviço do povo. Condição que me leva às fontes onde
colhemos os conceitos da democracia. Venho de oito embates eleitorais. Ainda
não conheci, graças a Deus, o amargor da derrota, mesmo tendo sido preterido em
várias tentativas para me colocar à apreciação popular. As decisões de cúpula
me excluíram das disputas a que sempre me dispus. Essa vitória me trouxe a
beleza e a magia desse momento. Ela é unica na grandiosidade dos números. E
especialíssima nas circunstâncias que formam os conflitos políticos a sinalizar
uma era nova”.
Ele também
comentou o clima de perplexidade que ainda insiste quando o assunto é sua
vitória: “Há uma perplexidade a tentar entender o que houve. Ocorre que o povo,
de tão facilmente enganado, guarda seus segredos indecifráveis. A resposta
popular é uma prova desse esconderijo, onde o povo se ergue contra quem se
julgava proprietário de sua vontade”.
Não pode
haver educação sem saúde, nem saúde sem segurança, nem segurança sem educação.
De tão urgentes por clamar por soluções imediatas, se confundem. Cada um desses
órgãos componentes do organismo social tratados com sucesso ajudará na solução
dos problemas que afligem os outros. Um tratamento específico cuida de um
órgão, o tratamento geral cuida do organismo.
Robinson
frisou também que já está cumprindo a primeira de suas promessas: “Falei na
campanha que faria governo eminentemente técnico. E já cumpri minha primeira
palavra com o povo do Rio Grande do Norte. Porém, isso não significa desmerecer
ou excluir decisões políticas. A técnica só será bem sucedida se alicerçada em
decisões políticas consistentes. A decisão política diz o que deve ser feito, a
decisão técnica executa. O povo me delegou o poder da decisão política”.
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