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Temer, o “padrinho de Henrique” ameaçado por “motim” pode deixar presidência do PMDB

Encabeçado pelo presidente do Senado, Renan Calheiros, o PMDB deu início a “motim” contra o vice Michel Temer, a quem atribui a perda de espaço na reforma ministerial.

A governança do Senado ameaça criar dificuldades ao governo para reeditar a DRU (Desvinculação de Receitas da União). A medida permite ao governo gastar 20% dos impostos a seu critério, o que significa mais de R$ 60 bilhões ao ano.

Senadores já defendem a saída de Michel Temer da presidência do PMDB na próxima Convenção Nacional. Ele comanda sigla há 14 anos.

Renan Calheiros (AL) não esconde o desconforto por ter sido pego de surpresa com indicação de Helder Barbalho (PA) a ministro da Pesca. A indignação só aumentou com a nomeação de Cid Gomes (PROS) e Gilberto Kassab (PSD), apostas de Dilma para confrontar o PMDB.

Deputados do PMDB avisaram ao Planalto que se juntarão ao Senado. A bancada não engole a nomeação de Edinho Araújo e Eliseu Padilha.

O Planalto acredita que a insatisfação do senador Renan Calheiros (PMDB) com reforma ministerial pode ser sanada com um único cargo: a Transpetro. O presidente Sérgio Machado adiou a licença até dia 21.

O vice presidente Michel Temer é tido como o principal “padrinho” do deputado Henrique Alves para que consiga ser nomeado ministro do Turismo. Com o “motim” do PMDB contra Temer perde força a possibilidade de nomeação do presidente da Câmara Federal.

Há que se considerar, entretanto, que Henrique Alves tem bom trânsito no PMDB e conta com o apoio dos primos Garibaldi Filho, Senador; Walter Alves, deputado federal e Garibaldi Alves, senador.


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