Foto Ilustrativa |
Os estudantes brasileiros lideram
o ranking de indisciplina na sala de aula. É o que sinaliza relatório da
Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico. A pesquisa
internacional sobre ensino e aprendizagem, conhecida pela sigla Talis, aponta que
o mau comportamento prejudica as instruções dos professores e absorção de
conteúdo.
Entre os
34 países que participaram do Talis em 2008 e 2013, são os docentes brasileiros
que dizem gastar mais tempo para manter a ordem em sala de aula. Em 2008, eram
18%. Já em 2013, essa porcentagem subiu para 20%, quando a média internacional
foi de 13% nos dois períodos.
Mais de 60% dos professores no
país relataram ter mais de 10% de alunos com problemas de mau comportamento.
Situação parecida acontece com o Chile e o México. Nos dois países, os
professores também afirmaram enfrentar essas questões em sala de aula. Por
outro lado, no Japão, pouco mais de 10% dos professores indicaram lidar com
interrupções dos estudantes.
Todavia, segundo a pesquisa, a
indisciplina é generalizada no Brasil. Ao contrário do que muitos poderiam
imaginar, os números de estudantes com mau comportamento são quase os mesmos
nas escolas públicas ou particulares. A diferença foi de apenas três pontos.
Menos tempo
Além das interrupções pelos
estudantes, há outras fontes que atrapalham o desempenho no ambiente escolar
como lista de chamada, informações da escola e reuniões. Essas atividades
consomem ainda mais o tempo de aprendizado e nesse quesito o Brasil também
aparece em primeiro lugar. O Talis 2013 mostra que é de 33%, na média, o tempo
de não instrução relatado pelos professores brasileiros. A média é de 21% entre
todos os países participantes.
Outro ponto importante mencionado
na pesquisa é a carência desses profissionais. Com poucos disponíveis em sala
de aula, o número de alunos por classe aumenta. O que torna o ambiente pouco
favorável para o aprendizado.
Fonte: Valor Econômico
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