Quase quatro anos de apuração e a Operação Sinal Fechado
continua incrementando sua lista de réus. Composta atualmente por 30 nomes,
entre eles, a ex-governadora Wilma de Faria (PSB), o filho dela, Lauro Maia, e
o presidente da Assembleia Legislativa do RN, Ezequiel Ferreira (PMDB), o nome
de um novo denunciado deverá ser denunciado nos próximos dias. Pelo menos, é a
informação que circula dentro do Ministério Público do RN e foi até confirmada
pelo procurador-geral de Justiça, Rinaldo Reis.
Os
elementos para essa nova denúncia teria sido consequência da retomada das
investigações após a delação premiada de George Olímpio. Considerado o chefe do
esquema irregular montado para implantar a inspeção veicular no RN, ele assinou
a delação em agosto de 2014 e, desde lá, levou novos elementos de prova e
áudios que terminaram por transformar em “denunciados” quem antes era, apenas,
“investigado”.
Exemplos
disso são Delevam Gutemberg Melo, ex-secretário do governo Wilma de Faria, e
Ezequiel Ferreira, presidente da Assembleia Legislativa. “Com relação aos que
já estavam, aos que a denúncia já havia sido recebida, já havia elemento de
prova suficiente até para a condenação, ao nosso ver. Mas a delação dele foi
importante até para reforçar, porque trouxe novos elementos. Por exemplo,
trouxe a conversa com Delevan, que foi incluído também, que fortalece a
denúncia contra Wilma e Lauro (Maia, filho da ex-governadora)”, explicou
Rinaldo Reis.
Em contato
com O Jornal de Hoje, o procurador-geral de justiça também confirmou que novos
nomes deverão ser incluídos na lista de denunciados, mas não por parte da
Procuradoria, e sim da promotoria do Patrimônio Público. Ou seja: o novo
denunciado não tem foro privilegiado. “Na Procuradoria-geral de Justiça, não temos
mais nada para oferecer. Mas no âmbito da promotoria do patrimônio público
ainda vai haver novos desdobramentos”, antecipou Rinaldo Reis.
Além de
Ezequiel Ferreira e de João Faustino, os áudios entregues por George Olímpio e
liberados pelo Ministério Público envolvem, também, o marido da ex-governadora
Rosalba Ciarlini, Carlos Augusto Rosado. Ele teria recebido R$ 1 milhão para a
campanha da mulher em 2010 e, segundo o diálogo entre João Faustino e George,
demonstrava ciência do “compromisso” que tinha com a Inspar, mesmo tendo sido
um dos obstáculos para o chefe do esquema conseguir instalar a inspeção
veicular no RN.
“Vai ter
mais denúncia. Um novo denunciado. Por hora, vai ter um novo denunciado”,
acrescentou o procurador-geral de justiça sem, no entanto, relevar o nome do
novo envolvido no esquema.
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