Após
um dia de motins e atentados a ônibus em Natal e Região Metropolitana, o
Governo do Estado decretou estado de Calamidade Pública no Sistema Prisional do
Rio Grande do Norte. A partir de hoje, a Força Nacional irá ampliar a atuação
no estado potiguar, com o aval do Ministério da Justiça. Somente ontem, cinco
unidades prisionais em Natal, Parnamirim e Nísia Floresta, foram destruídas.
Grades e celas quebradas, colchões e lençóis queimados, presos e agentes
penitenciários levemente feridos. Não foram registradas fugas, nem mortes. O
número de vagas destruídas, conforme levantamento do Governo do Estado, passa
das mil.
Além
da violência dentro das carceragens, atos ordenados aterrorizam cidadãos que
saíam do trabalho para casa. Cinco ônibus foram parcial ou totalmente queimados
na capital e em Parnamirim. Nas ações, similares nas formas que ocorreram,
homens encapuzados pediam para motoristas, cobradores e passageiros descerem do
transporte, sem nada levar, espalhavam gasolina e ateavam fogo.
Não
bastasse o medo levado à população pelas sequência de episódios envolvendo o
sistema prisional e o transporte público, uma onda de boatos se espalhou
através das redes sociais no início da noite de ontem. De assaltos a
estabelecimentos de ensino a tiroteios em regiões diversas da cidade, uma
população atemorizada e refém da insegurança.
Sem
vagas nas unidades prisionais que não foram destruídas, depois de um dia de
motins coordenados em presídios de Natal e Região Metropolitana, os apenados de
pelos menos cinco detenções passaram a noite fora das celas. Na Penitenciária
Estadual de Alcaçuz, em Nísia Floresta; no Presídio Estadual de Parnamirim, em
Pitimbu; na Ala do Regime Semiaberto do Complexo Penal Dr. João Chaves e no
Centro de Detenção Provisória do Potengi, ambos na zona Norte de Natal; e no
Centro de Detenção Provisória da Ribeira, na zona Leste, todas as celas foram
destruídas, numa ação integrada e quase simultânea, cuja ordem, segundo
policiais militares, agentes penitenciários e os presos envolvidos, partiu de
Alcaçuz.
Segundo
representantes da Polícia Militar e os próprios diretores das unidades
prisionais, os presos desencadearam a série de motins sem motivo explícito.
Único objetivo era destruir o sistema prisional. “É uma ação coordenada
para colocar o sistema em colapso”, assegurou o major Fábio Araújo, da PM. “Não
houve acordo com a direção. Eles nem quiseram nos ouvir e começou a
quebradeira. Não disseram nem o motivo desse motim”, comentou a diretora da
Penitenciária Estadual de Alcaçuz, Dinorá Simas. Sem vagas em outras unidades,
nenhum dos presos foi transferido após os atos de destruição e ficaram no que
restou das respectivas estruturas carcerárias.
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