Francisco Chagas, acompanhante, diz que não faltou medicamento para o pai |
A falta de alguns medicamentos tem prejudicado o
atendimento no Hospital Regional Tarcísio Maia (HRTM). O problema se arrasta há
algum tempo e familiares com pacientes internados na unidade se veem obrigados
a comprar remédios.
Foi o que aconteceu com Carlos Fernandes. A esposa dele está
internada no HRTM e, devido à falta de remédios, ele precisou comprar o
Metronidazol, um antibiótico. “Disseram que quem quisesse ficar bom que
comprasse remédio”, revela.
Carlos diz ainda que o mesmo está acontecendo com outros
pacientes que estão internados na unidade. “Todos que estão precisando de
remédio estão comprando”, afirma.
Francisco Chagas esteve com o pai internado no HRTM e diz que
não faltaram remédios para ele, no entanto, ouviu reclamações de outros
pacientes sobre o assunto e também conversa entre os enfermeiros. “Pra ele não
faltou nada, o atendimento foi muito bom. Teve médico, teve remédio. Mas teve
um dia aí que as enfermeiras estavam comentando que não tinha nem esparadrapo”,
diz.
A assessoria de comunicação do hospital confirmou que estão
faltando muito medicamentos, tanto que não foi possível especificar quais por
telefone. E informou ainda que na segunda-feira, 2, chegou certa quantidade de
remédios, mas que o estoque acabou rápido.
Em nota, a Secretaria de Estado da Saúde Pública (SESAP)
afirma que está “trabalhando continuamente para garantir o abastecimento de
medicamentos e insumos nos hospitais estaduais e na Unidade Central de Agentes
Terapêuticos (UNICAT), sendo uma prioridade de gestão”.
A secretaria explica ainda que “com a abertura do Orçamento
Geral do Estado, diversas solicitações de compras de medicamentos já foram
realizadas e os processos para pagamento dos fornecedores estão em tramitação.
A previsão para que os fornecedores enviem os medicamentos é de até 20 dias
após o recebimento dos empenhos”, diz o texto.
A Secretaria tem apostado em uma medida paliativa, para
tentar contornar a falta de medicamentos até o fim do processo, “de forma
emergencial a Unicat está fazendo um remanejamento em outros estaduais dos
itens mais críticos que estão em falta no Hospital Tarcísio Maia. Além disso,
os hospitais que possuem autonomia financeira, incluindo o Tarcísio Maia,
também estão realizando a aquisição de medicamentos através de compra direta”,
informou o órgão.
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