O presidente do Diretório do PMDB no Rio Grande do Norte,
ex-deputado federal Henrique Eduardo Alves, se transformou em moeda de troca no
embate entre o governo federal e o PMDB. Amigo do presidente da Câmara dos
Deputados, Eduardo Cunha (PMDB), Henrique foi indicado pelo seu sucessor na Presidência
da Câmara para assumir o Ministério do Turismo. Entretanto, o governo estaria
condicionando a nomeação de Henrique ao apoio do PMDB aos ajustes fiscais que o
governo quer implantar.
A revelação
está na coluna do jornalista Claudio Humberto, publicada na edição de ontem, do
jornal Tribuna do Norte – veículo, aliás, de propriedade de Henrique, que
consta como diretor-presidente da empresa jornalística. Diz o colunista que,
“para confirmar a nomeação de Henrique ao cargo de ministro do Turismo, Dilma Rousseff
impôs a condição de obter apoio dos deputados federais do PMDB ao pacote fiscal
do governo e à política de reajuste de aposentadorias”.
A nomeação de
Henrique para o Ministério estava acertada desde a última sexta-feira e seria
anunciada ontem pelo governo, mas foi posta em “banho-maria” para prêmio por bom
comportamento futuro do PMDB. Assim, o potiguar, de presidente da
Câmara, passa a “peso morto” para a própria legenda, já que terá de servir de
moeda de troca e como cala-boca à legenda. Sua nomeação, portanto, terá um
preço altíssimo para o PMDB.
Agora, segundo
Claudio Humberto, a nomeação de Henrique poderá ficar para depois da Semana
Santa. Para completar o quadro adverso, o presidente da Câmara Eduardo Cunha
trabalha com cenário oposto. Ainda segundo o jornalista, o sucessor de Henrique
na Presidência da Câmara dos Deputados “só aceita discutir apoio a projetos do
governo após a nomeação do seu amigo Henrique Alves”.
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