Em 2014, tivemos uma das
eleições mais acirradas da história do RN. Porém, mesmo com todo o poderio
político e econômico, Henrique Alves (PMDB) foi derrotado. O eleitor o colocou
no papel da oposição.
Sem muita experiência nessa condição, dado o fato de que
sempre apoiou, vencendo ou perdendo, quem chegava ao poder, o grupo de Henrique
vem agindo com certo açodamento, para utilizar uma expressão mais comedida.
Desde o primeiro dia de sua derrota, os bacurais criticam a
coalizão vencedora. Seus formadores de opinião nas redes sociais reclamam de
tudo, atiram primeiro e perguntam depois. Este vem sendo o modus operandi. O
papel da oposição é o de qualificar, produzir o contraditório. Mas tempero
demais estraga qualquer comida e pode até engasgar.
Preocupado em capitalizar a conquista do centro de conexões
da TAM no aeroporto de São Gonçalo do Amarante, Henrique, na recém condição de
ministro, disse que seria tarefa apenas das capitais gerar a articulação
necessária, excluindo o governo do RN do debate, dividindo aquilo que deveria
ser somado.
Assim, enquanto o governador do RN, Robinson Faria, já havia
se encontrado com a presidente da TAM e agia para realizar os projetos
necessários, Henrique cuidava de tentar “demarcar” politicamente a vitória de
todo o estado como apenas sua.
Hoje, a estratégia se mostrou inadequada. E mais: criou até
certo embaraço para o próprio ministro do turismo. Henrique levou o seu primo
prefeito de Natal, Carlos Eduardo, e o seu aliado de São Gonçalo do Amarante,
Jaime Calado, para uma reunião com os representantes da TAM.
Sentado na ponta da mesa, ouviu do vice-presidente da
companhia (a presidente não foi) que, para o Hub vir, precisaria de duas
contrapartidas – desonerar o ICMS do querosene de avião e finalizar os acessos
ao aeroporto. Ou seja, duas prerrogativas estaduais e que já vêm sendo implementadas.
Carlos Eduardo, Jaime Calado e Henrique Alves, apesar de toda
a pirotecnia de suas assessorias e de seus apoiadores nas redes sociais, saíram
do encontro com a cara no chão.
Ou será que Carlos Eduardo Alves e Henrique irão mudar a
constituição para poderem mexer no ICMS. um imposto estadual, e gastarão com a construção dos acessos? Menos mal. O problema é quando esta atuação muito sedenta dos
Alves vier a trazer prejuízos para o RN. Por enquanto, só o fizeram passar
vergonha mesmo.
QUE OPOSIÇÃO É ESSA?
Ontem, o grupo de Henrique comemorava nas redes sociais a
deflagração da greve dos profissionais da UERN.
Fonte: O Potiguar
0 comentários:
Postar um comentário