Protesto de ambulantes interditou rua Coronel Gurgel (Foto: Célio Duarte) |
Na madrugada desta segunda-feira, 25 de maio, a
Prefeitura de Mossoró cumpriu medida judicial para a retirada dos camelôs das
calçadas do Centro de Mossoró. A operação contou com 140 oficiais da Guarda
Civil e da Polícia Militar.
Insatisfeitos com o tamanho dos espaços oferecidos pela
Prefeitura, os vendedores ambulantes realizaram protesto e interditaram a Rua
Coronel Gurgel – a principal via do Centro de Mossoró. A história de vida da
maioria é semelhante: o sustento de suas famílias vem das vendas informais.
Ordem
dos Advogados do Brasil (OAB), Subseção de Mossoró, acompanhou o impasse e buscando intermediar o diálogo entre ambulantes e a Prefeitura. O advogado
Diego Tobias, presidente da Comissão de Direitos Humanos, explica que a OAB
solicitou laudos técnicos à Covisa e ao Corpo de Bombeiros sobre as condições e
os tamanhos dos espaços provisórios. “Vamos pedir urgência do Corpo de
Bombeiros e da Covisa sobre essa avaliação. Levaremos esses documentos à
Prefeitura”, comentou o advogado Diego Tobias.
Após muita negociação ficou acertado que a partir do
resultado desses laudos técnicos, as entidades envolvidas – Prefeitura, OAB e
Associação de Ambulantes – devem solicitar um novo prazo ao Ministério
Público para a retirada dos ambulantes. Durante esse período, a Prefeitura
construiria o espaço definitivo para abrigar os ambulantes.
A medida de desobstrução das calçadas atingiu também
jornaleiros e proprietários de pequenas lanchonetes. Trabalhando em sua banca
há 30 anos, o jornaleiro Ademar Freitas começou a semana de forma atípica. Sua
banca, uma das mais movimentadas de Mossoró, estava fechada. “Estivemos
reunidos com a Prefeitura e eles vão buscar uma solução, provavelmente vão
disponibilizar espaço nas praças. Há bancas de jornal em todo o país”, afirmou
Ademar.
Várias lojas ficaram fechadas durante o protesto dos ambulantes (Foto: Célio Duarte) |
Muitas lojas próximas à Praça Rodolfo
Fernandes (Praça do Pax) permaneceram de portas fechadas durante o protesto.
“Não somos contra os ambulantes, eles são trabalhadores e estão exercendo o
direito de protestar, mas não sabemos se há alguém mal intencionado infiltrado
no protesto. Por isso decidimos deixar só um portão aberto”, afirmou Eva
Cristiane que trabalha na administração do Shopping Liberdade.
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