A ex-governadora Rosalba
Ciarlini (sem
partido) disputará a Prefeitura de Mossoró em 2016? A resposta não é palpável
neste momento. Existem entraves a serem superados, principalmente de ordem
jurídica.
Rosalba trava luta no Tribunal
Superior Eleitoral (TSE) para reconquistar os seus direitos políticos. Ela
perdeu os direitos de ser votada por oito anos, em decisão do Tribunal Regional
Eleitoral (TRE-RN), como consequência de sua participação na campanha da
prefeita cassada Cláudia Regina (DEM) em 2012. O mérito do processo será
julgado pelo pleno no retorno do recesso do judiciário em agosto.
A partir daí, seja qual for a
decisão, a sucessão do prefeito Silveira Júnior (PSD) ganhará novos contornos,
pois, se terá a certeza dos nomes que estarão aptos a disputar o pleito. No
entanto, nos bastidores as costuras já estão sendo empreendidas, dentro da
realidade de hoje e de previsão para o futuro próximo.
A situação de Rosalba, sob o
ponto de vista popular, é confortável. Na última pesquisa sobre a sucessão
municipal, publicada pelo blog do BG/Consult, a ex-governadora aparece
liderando com 29,6% da intenção de votos, seguida da ex-deputada Larissa Rosado
(PSB), com 21,6%. Já o prefeito Silveira Júnior, com peso de quase 80% de
reprovação popular, apareceu com apenas 8,8% da intenção de votos.
A pesquisa não inseriu o nome da ex-prefeita Fafá Rosado
(PMDB), que está firme no propósito de participar da disputa majoritária. O seu
grupo não esconde o desejo de formar chapar com Rosalba Ciarlini. O
ex-secretário Gustavo Rosado, irmã de Fafá, já declarou de público que o
caminho natural do grupo é se recompor com o rosalbismo, parceria que fez
sucesso na primeira década de 2000. Inclusive, o diálogo foi aberto, com
reciprocidade de lado a lado.
Os dois grupos entendem que os
seus eleitores teriam facilidade de aprovar a reunificação, devido ao histórico
de vitórias em campanhas eleitorais. Em 2004, Rosalba apoiou a candidatura de
Fafá à Prefeitura. Em 2006 e 2010, Fafá retribuiu apoiando Rosalba para o
Senado e Governo do Estado. Elas se afastaram quatro anos depois, em 2014,
quando seguiram caminhos opostos na sucessão estadual.
A separação não deixou marcas
suficientes para impedir a reaproximação, porém, a parceria ainda não pode ser
dada como certa. Existem interesses de parte a parte, divergentes e que
precisam ser superados, admitem.
SILÊNCIO
Diante do quadro, que lhe é
positivo, Rosalba soma esforços e reforços em Brasília para reverter a sua
situação no TSE. O mundo jurídico atesta que a sua “causa é boa”, porém, não
aposta no resultado, seja positivo ou não, em virtude de interferências
políticas.
Rosalba tem dito que enquanto
não resolver a situação no TSE, não fala sobre a sucessão municipal. Faz voto
de silêncio, no entanto, tem ampliado a sua participação em eventos populares,
além de ter se reaproximado das pessoas através da atividade médica, tendo
reassumido seu posto de trabalho no Hospital Rafael Fernandes.
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