A Reforma Política é aguardada com ansiedade pelos
deputados estaduais do Rio Grande do Norte. Não pelas ínfimas mudanças que o
texto apreciado pelo Congresso deve provocar, mas pela possível abertura de uma
“janela” na Lei de Fidelidade Partidária, que permitiria a mudança de partido
dos parlamentares sem o risco da perda de mandato. Por enquanto, o momento é de
espera.
Outra opção dos
parlamentares ansiosos para mudar de legenda é a criação do Partido Liberal
(PL), que busca registro no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). A Lei de
Fidelidade Partidária prevê que os insatisfeitos com suas respectivas siglas
podem trocar de partido se migrarem para um novo, sem correr o risco de perder
o mandato. Se for homologado, o PL poderá ter a maior bancada na Assembleia
Legislativa.
A ânsia para a troca
de partido ocorre porque o governador Robinson Faria (PSD) foi eleito sem
maioria no legislativo. No entanto, boa parte dos deputados que estão em
partidos ditos de oposição já está alinhada à base governista. A “dança das
cadeiras” será no sentido de cooptar esses parlamentares para legendas
oficialmente governistas. Se o PL conseguir o registro, deverá receber essa
demanda. Caso o contrário, a opção deverá ser o PSD de Robinson, durante a
janela prevista.
O primeiro na fila
para mudar de partido é o presidente da Assembleia, deputado Ezequiel Ferreira
(PMDB). Apesar de apoiado a candidatura derrotada do ministro Henrique Alves
(PMDB) ao governo, ele contou com o apoio de Robinson para vencer a corrida
pela presidência da Assembleia. Com isso, se alinhou o governo. É cotado para
ser o presidente estadual do PL, caso o partido consiga a homologação.
Também estão de
malas prontas para o novo partido os deputados Gustavo Carvalho (PROS), Albert
Dickson (PROS), Vivaldo Costa (PROS) e José Adécio (DEM). Se as adesões forem
confirmadas, o PL se tornará o partido com maior representação no legislativo
estadual. Novos nomes poderão ser convidados futuramente.
Fala-se nos
bastidores que o deputado estadual Hermano Morais (PMDB) é um nome que “agrada”
aos governistas para integrar a nova legenda. O peemedebista externou
insatisfação, recentemente, com a proximidade do seu partido em relação ao
prefeito de Natal, Carlos Eduardo (PDT), com quem disputou o último pleito
municipal. Essa pode ser a munição dos governistas para atrair o parlamentar.
Na contramão das
adesões maciças ao governador, o deputado estadual José Dias (PSD) vive o outro
lado da moeda. Foi eleito na base de Robinson, mas deixou a bancada logo após a
eleição para a presidência da Assembleia, quando o governador apoiou, nos
bastidores, a candidatura de Ezequiel em detrimento do ex-presidente, deputado
Ricardo Motta (PROS). O deputado ainda não definiu qual será a nova sigla, mas
já ensaia aproximação com o PSDB, do deputado federal Rogério Marinho. Ele
aguarda a janela para fazer a mudança.
Fonte: Portal No Ar
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