Olho D'água do Borges/RN -

RN registra chuvas acima do esperado em junho


As chuvas durante o mês de junho tiveram impacto positivo em cidades do litoral potiguar. É o que afirma a Empresa de Pesquisa Agropecuária do Rio Grande do Norte (Emparn). Dos 30 dias do mês, só não ocorreu chuvas em Natal e região durante sete dias. O Alto Oeste também teve chuvas acima da média esperada, mas não o suficiente para a recuperação de reservatórios e mananciais.

Segundo o meteorologista da Emparn Gilmar Bistrot, entre ontem e hoje, Natal registrou 31,7mm de chuvas. Durante o mês, apesar das chuvas quase diárias, somente em um dia houve precipitação superior a 50mm, que foi no dia 25, quando choveu 69mm. No interior, boas chuvas foram registradas nos últimos dias.

"Essas chuvas vão impactar na recuperação de lagoas e mananciais que são utilizados para o abastecimento da população nessa região leste e parte do Agreste. Por isso é importante que continuem as chuvas durante o mês de julho", explicou Bistrot, afirmando que a previsão é que continuem as precipitações durante a primeira semana do mês.

No Alto Oeste, os registros também foram positivos. Enquanto o esperado para a região era entre 20mm e 30mm, o acumulado para o mês chegou a quase 40mm. Em Pau dos Ferros, por exemplo, a chuva registrada entre sexta-feira e hoje foi de 25mm. Apesar dos números (que serão fechados na quinta-feira), a quantidade de chuvas ainda não foi suficientes para amenizar a situação nos reservatórios da região.

"A influência do relevo, aliado à umidade mais alta, contribuiu para o aumento das chuvas. Essas chuvas vão garantir as pastagens, mas não vão trazer mudanças para o cenário dos reservatórios, por exemplo. Foram chuvas mais significativas para o litoral, não para o interior", explicou Gilmar Bistrot.

No Rio Grande do Norte, 153 municípios decretaram emergência devido à estiagem e 123 estão recebendo abastecimento também por carro-pipa. O baixo nível dos reservatórios do estado e Nordeste provocaram diversas ações do Poder Público, como proibição do uso de determinadas localidades para a irrigação, sob pena da escassez afetar a oferta para consumo humano.

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