Revista Época – O início
dos depoimentos do lobista
Fernando Soares, o Fernando
Baiano, que
busca um acordo de delação
premiadacom a força-tarefa
da Operação Lava-Jato, estende o clima de tensão, que já envolve o Executivo, ao
Congresso Nacional. Desde o início das investigações, Baiano é apontado como o
intermediário de propinas para o PMDB. Nesta quinta-feira, Baiano foi removido
do Complexo Médico Penal, em Pinhais, para a carceragem da Polícia Federal,
onde conversou por mais de três horas com advogados sobre a formalização de um
acordo de delação. O advogado Sérgio Guimarães Riela, que deverá conduzir a
delação de Baiano, disse que o processo ainda é incipiente e que, no encontro
desta quinta, não participaram procuradores do Ministério Público Federal
(MPF), que é o responsável pelas negociações. Riela não explicou o motivo de a
reunião com o cliente ter sido na sede da PF e não no Complexo Médico Penal,
onde ele está preso.
– Estou conversando com Baiano para entender detalhes do
que ele pode vir a falar – disse o advogado.
Baiano se manteve calado até agora e a força-tarefa da
Lava-Jato acreditava que ele pudesse ter medo de falar. Peça-chave para mostrar
o envolvimento do PMDB em fraudes na Petrobras, ele é réu na ação movida pelo
MPF e que investiga o pagamento de propinas ao ex-diretor da área internacional
da estatal, Nestor Cerveró. Segundo as investigações, Baiano intermediou
propina de US$ 40 milhões na compra de duas sondas da coreana Samsung, nos anos
de 2006 e 2007, por US$ 1,2 bilhão. O negócio também teve como intermediário o
consultor Júlio Camargo, que se tornou delator da Lava-Jato.
No último dia 16 de julho, ao depor para o juiz Sérgio Moro,
Camargo afirmou que Baiano atuou como sócio oculto do deputado Eduardo Cunha
(PMDB-RJ), presidente da Câmara dos Deputados. Disse que pagou US$ 10 milhões
em propina, dos quais US$ 5 milhões para Cunha e U$ 5 milhões para Baiano.
Outra parte do dinheiro foi para Nestor Cerveró.
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