O centro comercial de Mossoró sentiu o efeito da ausência
dos transportes intermunicipais no segundo dia de proibição de circulação pelas
ruas e avenidas da cidade. A movimentação foi pequena e as vendas, também.
Distante dali, nas rodovias de
acesso à cidade, RNs 117 (Médio e Alto Oeste), 015 (Baraúna e Vale do
Jaguaribe-CE) e 013 (Tibau, Grossos e Costa Branca), a polícia fazia uma
fiscalização ostensiva, sem deixar passar uma muriçoca, como diz a nossa gente
matuta.
A determinação era impedir o
fluxo de alternativos, que no dia anterior tinham interditado as estradas em
protesto à medida do prefeito Silveira Júnior (PSD) que limitou a circulação
dos intermunicipais dentro da cidade.
A decisão de organizar o
transporte urbano de Mossoró é necessária e urgente, isso não se discute. Agora, é preciso que, assim
como qualquer mudança, seja procedida mediante amplo debate, com todas as
partes envolvidas, como forma de evitar prejuízos maiores do que já eram
contabilizados.
As limitações impostas aos
veículos intermunicipais não prejudicaram apenas os proprietários de
transportes, mas acertaram em cheio o comércio local. Os lojistas reagiram e
pressionaram o prefeito a recebê-los numa audiência de urgência. O encontro
aconteceu na manhã de ontem.
Representantes da Câmara de
Dirigentes Lojistas (CDL), da Associação Comercial e Industrial de Mossoró
(ACIM) e do Sindicato do Comércio Varejista (SINDIVAREJO) exigiram do prefeito
a suspensão da proibição aos alternativos ou medidas que venham a atender todas
as partes envolvidas.
Silveira prometeu que na
quarta-feira que vem, 26, apresentará uma nova proposta, a ser elaborada pela
Secretaria de Mobilidade Urbana (SEMORB).
Se isso não acontecer, os
empresários prometem radicalizar a posição contra a gestão municipal, com a
justificativa de simples entendimento: é o comércio de Mossoró que resiste à
crise econômica e segura o emprego na cidade.
Dito isso, não tem como
suportar medidas que venham impedir o fluxo de consumidores de quase 100
municípios das regiões Oeste, Vale do Açu, Salineira, Vale do Jaguaribe e parte
da Paraíba (Catolé do Rocha, Sousa, Uiraúna, entre outras cidades).
Na calculadora dos
empresários, se a gestão municipal insistir em dificultar a movimentação dos
transportes intermunicipais, o comércio sofrerá uma queda nas vendas que pode
chegar até 30%, o que revela a importância dos consumidores flutuantes que
diariamente derramam dinheiro no comércio de Mossoró.
A situação é grave.
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