O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), disse
nesta segunda-feira que a discussão sobre um eventual processo de impeachment
contra a presidente Dilma Rousseff não é prioridade do Congresso Nacional e que
priorizar este assunto é o mesmo que colocar fogo no país.
Após reunião em sua
residência oficial com os ministros Joaquim Levy (Fazenda) e Nelson Barbosa
(Planejamento), Renan voltou a criticar o alto número de ministérios e disse
que o Senado votará nesta semana o projeto de lei que reverte a política de
desoneração da folha de pagamento, que passará a trancar a pauta da Casa na
terça-feira.
“As pessoas
perguntam sobre impedimento, as pessoas perguntam sobre apreciação de contas
dos governos anteriores e deste governo e eu tenho que isso não é prioridade”,
disse Renan a jornalistas.
“Na medida que o
Congresso tornar isso prioritário, nós estaremos pondo fogo no Brasil e não é
isso que a sociedade quer de nós”, acrescentou Renan, que também preside o
Congresso.
Na semana
passada, a Câmara dos Deputados aprovou as contas de governos de três
ex-presidentes –Itamar Franco, Fernando Henrique Cardoso e Luiz Inácio Lula da
Silva–, abrindo caminho assim para votar as contas do ano passado do governo
Dilma, atualmente em análise pelo Tribunal de Contas da União (TCU).
O TCU apontou
indícios de irregularidades nas contas do governo do ano passado e pediu
explicações à Presidência. As explicações já foram dadas e estão sendo
analisadas pelo órgão. Após elaborar seu parecer, o órgão de contas o enviará
ao Congresso a quem cabe julgar as contas.
Um eventual
parecer do TCU pela rejeição das contas deve dar força aos partidários da
abertura de um processo de impeachment contra Dilma.
Fonte: Agência
Reuters
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