Todos os parlamentares que
apartearam o pronunciamento do deputado Carlos Augusto Maia (PT do B)
demonstraram sua solidariedade e indignação com relação ao recente episódio em
que foi abordado por agentes da Polícia Rodoviária Federal. A deputada Márcia
Maia (PSB) foi a primeira a se pronunciar na sessão desta quarta-feira (5).
“Minha solidariedade é principalmente com o ser humano,
com o cidadão. Indignação com o cidadão de bem, o jovem que procura desempenhar
bem as suas funções. Foi uma tremenda injustiça o que nós vimos”, disse Márcia Maia.
Na avaliação do presidente da Casa, deputado Ezequiel Ferreira (PMDB), essa foi a prova cabal do despreparo de servidores públicos no uso de sua autoridade contra um cidadão de bem. “Não só a sua palavra merece toda a credibilidade da Assembleia, mas os autos da delegacia de policia de Caicó registram que o cidadão Carlos Augusto foi vítima de violência física e moral, pela truculência dos policiais”, disse.
Na avaliação do presidente da Casa, deputado Ezequiel Ferreira (PMDB), essa foi a prova cabal do despreparo de servidores públicos no uso de sua autoridade contra um cidadão de bem. “Não só a sua palavra merece toda a credibilidade da Assembleia, mas os autos da delegacia de policia de Caicó registram que o cidadão Carlos Augusto foi vítima de violência física e moral, pela truculência dos policiais”, disse.
O
presidente afirmou que a Mesa Diretora não hesitará no uso de suas
prerrogativas institucionais e legais em defesa dos seus membros e tomará
todas as medidas jurídicas necessárias para esclarecer o caso e afastar a
impunidade.
José
Dias (PSD) se disse indignado com as imagens exibidas durante a sessão
plenária. “Existem momentos em que é difícil falar, até para um deputado de
oito mandatos e vivido como eu”. E prosseguiu: “Temos que tentar, mesmo não
tendo sofrido diretamente a agressão que vossa excelência sofreu, controlar a
indignação. A autoridade se baseia exatamente no exercício da vida pública e
não na extrapolação”, finalizou.
O
deputado Ricardo Motta (PROS) destacou a humildade demonstrada por Carlos
Augusto Maia durante os 17 minutos de vídeo exibido. “Parabenizo o meu colega
pela serenidade e pela humildade, ainda pediu desculpas mesmo tendo passado
tudo o que passou. A polícia é uma instituição séria que ajudou e tem ajudado ao
nosso País, mas infelizmente não podemos deixar que maus elementos surjam”,
declarou.
Alguns
deputados ressaltaram a gravidade da distorção dos fatos. Galeno Torquato (PSD)
disse que num primeiro momento até pensou que o colega pudesse ter cometido
alguma infração, conforme anunciado pela imprensa. “Em seguida fui esclarecido
que Carlos Augusto, como cidadão, foi vítima da truculência desses homens
que deveriam nos proteger”, disse.
Seridoense, o deputado Nélter Queiroz (PMDB) citou outras ações equivocadas da
atuação policial, uma das quais também foi vítima e destacou o controle
emocional do colega, diante das agressões: “Todo o povo do Seridó está
indignado. Essa mesma polícia já humilhou o povo de Caicó e não entendo porque
eles não fiscalizam a BR, mas ficam dentro da cidade”, afirmou.
O
deputado Fernando Mineiro (PT) afirmou que se tratava de um dos episódios
mais constrangedores que já viu na Casa. Mineiro disse que o colega foi
corajoso em expor o vídeo, no qual em nenhum momento se apresentou como
deputado, “dando carteirada”. Mineiro destacou a importância da divulgação do
vídeo a fim de se esclarecer os fatos, uma vez que muitas pessoas não
entenderam o episódio.
O uso de algemas foi questionado pelo deputado Jacó Jácome (PMN), que afirmou
não haver no País legislação específica regulamentando seu uso. “Abomino
qualquer pessoa que esteja querendo explorar isso politicamente, porque o fato
expõe uma característica de cidadãos que deveriam ser guardiães da lei. O vídeo
fala por si só”, disse.
Ao prestar sua solidariedade, o deputado Vivaldo Costa (PROS) afirmou que
Carlos Augusto manteve sua humildade e controle emocional e que a indignação da
Casa, dos amigos, do povo potiguar e dos familiares não era símbolo de
corporativismo, mas de solidariedade a um homem de bem. “Esperamos punição por
essa ação”, afirmou.
Na avaliação do deputado Getúlio Rêgo, o episódio revelou
uma insistente provocação por parte dos agentes policiais envolvidos. “Ele não
poderia ser preso, fiquei impressionado com o seu equilíbrio”, disse.
O deputado Álvaro Dias (PMDB) afirmou que houve, por parte de Carlos Augusto,
serenidade durante a abordagem e coragem ao exibir todo o vídeo, a fim de
esclarecer as versões que estão circulando. “Vossa Excelência é um deputado
educado, atencioso, respeitoso. Sabemos que na polícia, algumas pessoas são
preparadas e dão sua contribuição para preservar a qualidade de vida da
população. Mas alguns devem ser repreendidos a fim de não continuar com atos de
violência”, disse.
Dison Lisboa (PSD) destacou a ascensão política do colega, que entrou para a
vida pública como vereador do município de Parnamirim e logo em seguida, se
tornou deputado. “Aqueles homens deveriam entender que a farda e as armas não
os tornam superiores a ninguém”, disse. Gustavo Fernandes (PMDB) afirmou que
ficou constrangido com a forma com que os agentes fizeram a abordagem: “Até
sugeri que não divulgasse porque as cenas foram fortes”.
Para Hermano Morais (PMDB), Carlos Augusto foi tratado de forma injusta por
quem deveria preservar o cidadão. “Lamento porque a Polícia Rodoviária
Federal tem profissionais capacitados. Infelizmente esses tiveram
comportamento irreconhecível, que me causou espanto. Eles deveriam estar
arrependidos e lhe devem desculpas públicas”.
O deputado Souza (PHS)
afirmou que o desfecho do episódio não o surpreendia. “Espero que isso não seja
uma regra na Polícia Rodoviária Federal, mas uma exceção. Isso precisa ser
apurado para que outros cidadãos não sejam vítimas”.
Para
Albert Dickson (PROS) a corregedoria da PRF tem que analisar quais estão aptos
para o trabalho. “Em todo o momento o deputado se identificou como um cidadão
do bem”.
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