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Itama Almeida, mais conhecido como “Padre do Junco” morre em Mossoró


Messias Targino, e todos os que conheciam Itamar Almeida, popularmente conhecido na região como “Padre do Junco“, faleceu no domingo em Mossoró, vítima de um infarto fulminante. Ele tinha cerca de 67 anos, a imprecisão na idade se dá pelo fato dele não falar muito sobre sua idade e evitar expor isso.

De acordo com, Genésio Pinto Neto, o Pôla Pinto, vice-prefeito de Messias Targino e presidente do Sindicato dos Trabalhadores na Agricultura Familiar (Sintraf), amigo próximo do Padre do Junco, a sua morte deixará uma lacuna muito grande na luta pela igualdade social.

“Ele sempre dedicou sua vida à justiça social, e defendia que as igrejas deveriam lutar pela igualdade de forma mais contundente. Na verdade ele dedicou sua vida na construção de mundo melhor. O pouco que tinha era para compartilhar com os mais necessitados. Diante dessa sua postura sofreu muita perseguição por parte da igreja católica”, disse Pôla Pinto.

Inteligente
Além disso, uma propriedade herdada pelo Padre do Junco na cidade de Messias Targino teve alguns terrenos doados por ele para que pessoas sem condições de adquirir um terreno pudessem construir suas casas. “Mesmo sem estudo formal, ele era uma pessoa muita inteligente que conseguiu aprender vários idiomas e se mantinha antenado com tudo que acontece no Brasil e no mundo”, disse.

Segundo ele, nos últimos dias o Padre do Junco que sempre combateu a forma como a igreja católica era conduzida, vinha se mostrando um admirador do Papa Francisco por sua postura mais popular. Além disso, ele começa a ver as redes sociais como forma de propagar suas ideias.

Seu maior sonho era construir em Messias Targino um abrigo para receber as pessoas que com o passar do tempo ficaram sem familiares e viviam sozinhas. “Um grande amigo que se vai. Um verdadeiro profeta do povo“, finaliza Pôla Pinto.

O sepultamento do Padre do Junco ocorre na manhã desta segunda-feira, às 9h, no cemitério Público de Messias Targino.

Nota do Blog Carlos Santos – A matéria não cita que na verdade, o “Padre do Junco” não era padre.
Durante muitos e muitos anos circulou por Mossoró fazendo pregações em pontos diversos de circulação humana, como se falasse ao deserto. Apesar de alguma virulência, sem criar maiores animosidades.
Mais um tipo humano que se vai.
Merece um texto jornalístico com perfil que se aprofunde em sua alma e atuação.


Do Jornal de Fato OnLine/ Via Carlos Santos 

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