A presidente Dilma Rousseff poderá oferecer um sétimo
ministério ao PMDB para contentar a bancada do partido na Câmara dos Deputados
e destravar a reforma administrativa. O que está em discussão é qual poderia
ser esta pasta, já que o Palácio do Planalto ainda planeja cortar 10
ministérios.
De acordo com uma fonte próxima ao PMDB, Dilma explicou na manhã desta
terça-feira ao vice-presidente Michel Temer que havia recebido e estudava esta
sugestão, mas ainda não havia definido o que fazer devido às dificuldades de
reorganizar o mapa dos aliados na Esplanada dos Ministérios, ampliar o tamanho
do PMDB e ainda cortar as 10 pastas prometidas.
Temer repetiu à presidente que não iria fazer indicações, porém ouviu que ela
pretendia manter os cargos de Eliseu Padilha na Aviação Civil, Henrique Eduardo
Alves no Turismo e transferir Helder Barbalho da Pesca, que será extinta, para
Portos. Os três, especialmente Padilha, são bastante próximos ao
vice-presidente.
Uma das alternativas cogitadas pelo governo seria o Ministério da Cultura, hoje
comandando por Juca Ferreira (PT).
Para ampliar o tamanho do PMDB, a presidente teria que tirar mais espaço do seu
partido. A proposta, no entanto, ainda não foi feita aos deputados
peemedebistas.
O impasse na reforma aconteceu na semana passada, quando a bancada do partido
na Câmara passou a cobrar os dois ministérios prometidos pela presidente para
melhorar a relação com o PMDB na Casa. Dilma ofereceu a Saúde e mais um, que
seria o Turismo, já nas mãos de Henrique Eduardo Alves.
O líder do PMDB, no entanto, respondeu ao governo que a bancada não se sentia
representada por Alves nem por Padilha, que fica na Aviação Civil.
Dilma ainda deve ter novas reuniões com Temer e líderes das bancadas aliadas no
Congresso antes de anunciar definitivamente a reforma, o que deve acontecer na
próxima quinta-feira.
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