Em greve desde
terça-feira da semana passada, os bancários disseram nesta quarta-feira (14),
que não recebem nova proposta dos bancos há 19 dias e a paralisação segue em
perspectivas de terminar. Sem avanço nas negociações, a paralisação registrou
nesta quarta a adesão de 50 mil funcionários e a suspensão das atividades em
722 locais de trabalho, sendo 24 centros administrativos e 698 agências em todo
o País, aponta balanço do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e região
o maior da categoria no Brasil.
No RN, a greve dos bancos alcançou uma adesão de 95%
desde o início da paralisação. Das 184 agências do estado, 181 estão com
os serviços suspensos.
Em todo o
estado, apenas três agências – todas do Banco do Brasil – estão funcionando
normalmente nas cidades de Santana do Matos, Florânia e Guamaré, todas na
região Central.
De acordo com
Marcos Tinoco, diretor de comunicação do Sindicato dos Bancários do RN
(SEEB-RN), 94 das agências fechadas estão localizadas na capital, enquanto as
demais estão no interior do estado.
Os
trabalhadores pedem reajuste salarial de 16% (reposição da inflação mais
aumento real de 5,6%), vale-refeição e vale-alimentação no valor de um salário
mínimo (R$ 788) e manutenção do emprego. Hoje, o vale-refeição é de R$ 572 e o
vale-alimentação, de R$ 431,16.
Última conversa
A última
proposta da Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), feita no dia 25 de
setembro, oferecia reajuste de 5,5% – projeção de inflação calculada pela
entidade para os próximos 12 meses – e abono de R$ 2,5 mil.
A greve
começou após cinco rodadas de negociações sem sucesso. Durante a paralisação,
os caixas de autoatendimento continuam funcionando normalmente.
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