O Sindicato dos Bancários negou a proposta de reajuste
salarial de 7,5% feita nesta terça-feira, 20, pela Federação Nacional dos
Bancos (Fenaban). O aumento representaria uma perda de 2,17%, quando descontada
a inflação. No RN, a greve dos bancos alcançou uma adesão de 95% desde o
início da paralisação. Das 184 agências do estado, 181 estão com os
serviços suspensos.
Os representantes das
instituições financeiras mantiveram ainda a decisão de não oferecer o abono
salarial aos seus funcionários, como já haviam feito na primeira proposta, em
setembro. Os sindicalistas destacam que o lucro dos bancos foi de R$ 42 bilhões
no primeiro semestre do ano e que, mesmo assim, a proposta feita imporia perda
salarial para os trabalhadores. A negociação será retomada nesta quarta-feira,
21.
Entre as reivindicações, a
categoria pede reajuste salarial de 16% (reposição da inflação mais aumento
real de 5,6%). Na primeira proposta, apresentada em setembro, os bancos
ofereceram reajuste total de 5,5%. A negativa levou os bancários a entrar em
greve no dia 6 de outubro.
Para Juvandia Moreira,
presidente do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e região, a oferta
feita é um “desrespeito”. “Queremos discutir um reajuste digno do esforço dos
bancários e correlato aos ganhos reais dos bancos. Não podemos aceitar perda
salarial”, disse, por meio de nota.
Os trabalhadores também querem
vale-refeição e vale-alimentação no valor de um salário mínimo (R$ 788),
manutenção do emprego e melhores condições de trabalho, com o fim das metas,
consideradas abusivas.
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