O presidente do Conselho
de Ética da Câmara, deputado José Carlos Araújo (PSD-BA), previu que o processo
de cassação do mandato do presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), deve ser
julgado pelo colegiado até o fim deste ano. O parlamentar também informou que
entregará ainda à Mesa Diretora o pedido protocolado pelo PSOL e Rede, para a
cassação de Cunha por quebra de decoro parlamentar.
"Acho que está mais
propenso a acabar este ano. Porque é um processo que a sociedade reclama, nós
todos queremos (a apuração) e o Conselho de Ética não quer ficar com esse
problema na mão", afirmou o parlamentar em entrevista à imprensa. Araújo
explicou que, após receber o requerimento, a Mesa Diretora terá até três
sessões plenárias para protocolar e numerar o pedido e, em seguida, enviá-lo de
volta para o Conselho de Ética.
Mesmo após entrarem com
representação no Conselho de Ética contra o presidente da Câmara, Eduardo Cunha
(PMDB-RJ), PSOL e Rede continuam colhendo assinaturas de deputados a favor da
investigação do peemedebista por quebra de decoro parlamentar. Segundo o líder
do PSOL na Casa, Chico Alencar (RJ), uma nova lista contava com 53 assinaturas
no início da noite de ontem, com apoio de 10 partidos, entre eles PSDB, PDT e
PR, siglas que não tinham assinado o documento de ontem. Como não tem valor
sobre a representação já apresentada, o objetivo do grupo é gerar pressão
política.
"Queremos dar peso político à representação
com essas assinaturas", afirmou Alencar à reportagem. De acordo com o
deputado, a lista conta com apoio de deputados como Max Filho (PSDB-ES), Sérgio
Vidigal (PDT-ES) e Clarissa Garotinho (PR-RJ), filha do ex-governador do Rio de
Janeiro Anthony Garotinho (PR), gestão durante a qual Cunha presidiu a
Companhia Estadual de Habitação (Cehab) do Rio de Janeiro.
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